Em MS, deputado do PMDB critica ministro de Temer pelo fim das farmácias populares
Victor Chileno/ALMS
Embora do mesmo partido do presidente, o deputado estadual Paulo Siufi (PMDB) não poupou críticas ao ministro da Saúde do governo de Michel Temer, Ricardo Barros, pelo fechamento das farmácias populares criadas no Governo Lula, decisão que, afirmou, vai colocar em perigo a população mais carente em todo o Brasil.
Da tribuna da Assembleia, Siufi, que é médico, disse ter ficado surpreso em saber que o ministro é engenheiro civil, afirmou que ele não entende nada de saúde e está colocando "a população mais carente a perigo". "Se ele fosse médico", disse o pediatra, "eu ia acionar o Conselho Federal de Medicina" para que "enxergasse a maldade que fez e reabrir as farmácias populares".
Siufi também criticou o fato de o ministro ter dito em evento no Paraná, no ano passado, que "prefere médicos cubanos do que farmacêuticos ou benzedeiras atuando em locais de difícil acesso no País". Para ele, o engenheiro, além de falar sobre o que não entende, desrespeitou os farmacêuticos, categoria essencial à saúde como os demais profissionais do setor.
O Programa Farmácia Popular foi lançado em 2004, no primeiro mandato de Lula, para oferecer 112 medicamentos gratuitos ou com até 90% de desconto do valor de mercado. "A farmácia popular salvou muitas vidas no Brasil e é uma pena que o ministro tenha fechado em todo o país, porque ela atendia sim, quem mais precisava", afirmou Siufi.
No fim de março deste ano, o governo Temer anunciou que não vai mais financiar as unidades do Farmácia Popular a partir de maio. Caso os municípios optem pela manutenção das unidades, deverão arcar com os custos a partir do mês que vem, o que significa o fechamento da maioria.
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Postado por: Marco Eusébio, 27 Abril 2017 às 10:20 - em: Principal