Em meio ao escândalo dos pastores, Miton Ribeiro deixa o Ministério da Educação
Fábio Rodrigues Pozzebom/ABrEm meio ao escândalo da revelação feita pelo Estadão de um "gabinete paralelo" formado pelos pastores evangélicos Gilmar Santos e Arilton Moura que negociavam a liberação de verbas da pasta com prefeitos cobrando propinas, o ministro da Educação, Milton Ribeiro, entregou hoje pedido de exoneração do cargo ao presidente Jair Bolsonaro. Apesar de na quinta-feira Bolsonaro ter defendido Ribeiro em live nas redes sociais dizendo que botava "a cara no fogo" por ele, a demissão "a pedido" foi rapidamente aceita e já publicada em edição extra do Diário Oficial da União. A exoneração acontece no mesmo dia em que o Estadão revelou que em evento do MEC foram distribuídas Bíblias com fotos do ministro, o que para especialistas pode ser enquadrado como crime. Na carta de renúncia do cargo, Ribeiro diz que "jamais realizou um único ato de gestão na pasta que não fosse pautado pela correção, pela probidade e pelo compromisso com o erário" e que pediu para deixar o cargo para que "não paire nenhuma incerteza sobre a minha conduta e a do Governo Federal". No fim, diz se trata de "um até breve, pois demonstrada minha inocência estarei de volta, para ajudar meu país e o Presidente Bolsonaro na sua difícil mas vitoriosa caminhada". Ribeiro é o quarto ministro do MEC a cair durante o governo Bolsonaro. (Com G1 e Estadão)
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Postado por: Marco Eusébio, 28 Março 2022 às 16:00 - em: Principal