Eike Batista voltou a ser preso hoje na operação "Segredo de Midas" – em alusão ao rei que transformava em ouro tudo o que tocava – da Polícia Federal, que investiga manipulação do mercado de capitais e lavagem de dinheiro por meio de contas que foram usadas para pagar propinas ao ex-governador do Rio, Sérgio Cabral. Também é alvo de mandado de prisão o contador do empresário, Luiz Arthur Andrade Correia, que estaria no exterior, e são feitas buscas e apreensões de documentos em endereços de Thor e Olin, filhos de Eike. Os mandados foram expedidos pelo juiz federal da Lava Jato no Rio, Marcelo Bretas, que também mandou bloquear R$ 1,6 bilhão de Eike e dos filhos. A prisão temporária, válida por cinco dias, ocorre após delação do banqueiro Eduardo Plass. As investigações indicam que Eike, por meio de conta fantasma no banco TAI, comprou pouco mais de US$ 4 milhões em ações da Burger King na Bolsa de Nova Iorque em 2010 e quatro meses depois venderam por US$ 4,7 milhões, com lucro de 702 mil dólares. O MPF apura uso de informação privilegiada, já que no mesmo dia da venda das ações foi anunciada a compra da rede de fast-food pelo 3G Capital, fundo brasileiro de private equity, tendo Eike como parceiro.

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