Efeito cascata de reajustes de PMs ameaça socorro a estados em crise, diz Estadão
Gil Leonardi/Governo de MinasA decisão do governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), de, mesmo com o Estado em crise, propor reajuste dos salários de todas as categorias das polícias militar, civil, bombeiros e agentes penitenciários gerou um efeito em cascata que ameaça o ajuste das contas dos Estados e as negociações de um novo socorro financeiro pelo governo federal, diz o Estadão. Na véspera do carnaval, quando as PMs têm de reforçar escalas para fazer a segurança das cidades, focos de pressão por reajustes se espalham no Ceará e outros estados diz o jornal, que cita também haver demandas em Mato Grosso do Sul e mobilizações de policais civis em outros estados. Isso levou o Ministério de Economia a entrar em alerta, porque negocia um novo programa de socorro aos estados superendividados, como Minas, desde que cumpram metas de ajuste, e a principal é o controle de gastos com pessoal. Relator do projeto, o deputado Pedro Paulo (DEM-RJ) disse que vai "fechar essa porteria" e Minas terá de cancelar o reajuste parcelado para entrar no programa. Para o deputado, a situação no Ceará é reflexo da decisão do reajuste concedido pelo governador de Minas e ampliado pela Assembleia Legislativa do estado para outras categorias. "Isso produz um péssimo exemplo, além dos efeitos em cadeia", afirmou ao Estadão.
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Postado por: Marco Eusébio, 21 Fevereiro 2020 às 11:00 - em: Principal