Cris Duarte, que era até hoje presidente do PSOL em Mato Grosso do Sul, anunciou há pouco nas redes sociais sua saída do cargo e do partido e elencou em carta pública os motivos de sua saída, citando principalmente ter sido alvo de "críticas profundas" e frisando que desde que disputou o comando o partido passou "por um processo sistemático de violência política e de gênero", segundo ela promovido pelo ex-presidente estadual da sigla, Lucien Resende. 

 

Na mensagem, Cris afirma: "Senti na pele o gosto amargo das consequências emocionais de ser uma mulher ocupando o principal cargo dessa instância partidária que mesmo diante das denúncias, parecia não haver possibilidade concreta de superação desse panorama de ataques pessoais, desrespeito, travamentos burocráticos característicos do machismo estrutural que culminaram nesta difícil decisão de desligamento", escreveu Cris. 

 

"A meu ver, a estrutura do PSOL reflete em muitos casos a presença forte do patriarcado que é reproduzido por homens e mulheres e pouco combatido internamente. Além disso, a  lógica de disputa muito violenta exercida no interior das tendências são pouco convidativas a permanência no partido. A maneira pouco dialógica com que lidamos, muitas vezes dura e cruel com aqueles que enxergamos como adversários, não é acolhedora, não soluciona os problemas e, aprofunda os mesmos. Lidar com as contradições também exige amor. Nesse sentido, houve situações bastante críticas, de tentativas frustradas de contaminar relações pessoais, que também fazem parte da motivação desse afastamento". Leia a íntegra abaixo no link do Facebook.