Dez municípios, um em MS, respondem por 20% das queimadas em todo o Brasil

Diário Corumbaense/Arquivo Reprodução
Dez municípios, um em MS, respondem por 20% das queimadas em todo o Brasil
Corumbá, único fora da Amazônia
Dez municípios das regiões Norte e Centro-Oeste respondem por 20,5% das queimadas que atingem o país desde o início do ano, segundo levantamento do Programa Queimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Localizadas nos estados do Amazonas, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará e Rondônia, estes municípios concentram 39.247 pontos de incêndio dos 190.943 focos registrados em todo o Brasil, de 1º de janeiro até essa quarta-feira (18). São Félix do Xingu, com 6.474 focos, e Altamira (ambas no PA), com 5.250 queimadas, lideram. Em terceiro aparece Corumbá (MS), com 4.736 focos; seguida por Novo Progresso (PA), 4.598; Apuí (AM), 4.308; Lábrea (AM), 3.723; Itaituba (PA), 2.973; Porto Velho (RO), 2.710; Colniza (MT), 2.277; e Novo Aripuanã (AM), com 2.198 focos de incêndio.
 
Beto Mesquita, do Grupo Estratégico da Grupo Estratégico da Coalizão Brasil Clima, alerta para o fato de nove das dez cidades estarem na Amazônia, com exceção de Corumbá, maior município do Pantanal. "Por mais que tenha ocorrido muito incêndio no Cerrado, quando percebemos os focos de calor, notamos que eles continuam muito concentrados na Amazônia", diz. Ele frisa que sete das dez cidades com mais queimadas também estão na lista dos municípios que mais desmataram em 2023, segundo o Programa de Monitoramento da Floresta Amazônica Brasileira por Satélite (Prodes), do Inpe: Altamira, Corumbá, São Félix do Xingu, Porto Velho, Apuí, Lábrea e Colniza.
 
"Os incêndios são os novos vetores de destruição, talvez, tentando escapar dos sensores remotos que detectam o desmatamento. Com isso, quando se abrem áreas, há maior dificuldade de detectar extração, por exemplo, de madeiras de valor mais nobre. É um desafio para os governos federal e estaduais, que precisam entender melhor estas dinâmicas para se prepararem com as estratégias mais adequadas de combate, fiscalização e preservação", avalia o especialista. (Com Agência Brasil)


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Postado por: Marco Eusébio, 20 Setembro 2024 às 12:45 - em: Principal


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