Despejo em hotel histórico de Brasília pega hóspedes de surpresa, inclusive políticos
Fotos Booking, TV Globo e Acervo Histórico do DFHóspedes anônimos e até políticos foram pegos de surpresa ao descer para o café da manhã no Hotel Nacional, em Brasília, e serem avisados que teriam de deixar hoje o prédio histórico para cumprimento de uma ordem de despejo por oficiais de justiça. O hotel, que já hospedou em 1968 a rainha Elizabeth II e também teve outros hóspedes ilustres, como os ex-presidentes dos EUA Jimy Carter e Ronald Reag, o ex-presidente francês Charles de Gaulle e a ex-primeira-ministra da Índia, Indira Gandhi; foi arrematado em leilão por R$ 93 milhões em 2018, em consórcio pelo grupo hoteleiro Bittar e a construtora Luner, e o despejo foi determinado porque os atuais administradores resistiam em entregar o imóvel, que será fechado e reformado pelos novos donos.
O presidente nacional do PTB Roberto Jefferson, que estava de mudança no fim da tarde, disse à imprensa que morava há 15 anos com a esposa no local e que foi avisado por um representante do grupo Bittar. "Ele foi muito cortês e correto", afirmou ao Correio Braziliense. "Era minha casa, senti muito, os garçons são meus amigos, a nutricionista e outros funcionários" relatou o ex-deputado, que chegou a ficar um mês na suíte presidencial que recebeu a rainha, mas achou o ambiente muito escuro. "Muito rococó", detalhou. "Não tem um hotel em Brasília que tenha aquelas instalações, apartamentos daquele tamanho, aquele conforto, o pé direito alto, as salas de convenções. Se mantiverem isso, o restaurante na beira da piscina, será um sucesso, vai ser o maior hotel", avaliou. Outro político que teve de deixar o local foi o deputado federal Alexandre Frota (PSDB-SP que, segundo o jornal, ocupava desde o início do ano um dos apartamentos do primeiro andar.
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Postado por: Marco Eusébio, 24 Junho 2020 às 18:45 - em: Principal