Desoneração da folha será mantida, afirma o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco
Rogério Cajui/Lide
A desoneração da folha de pagamento de 17 setores intensivos em mão de obra aprovada pelo Congresso, cujo veto foi do presidente Lula foi derrubado pelos parlamentares, será mantida até 2027, no modelo aprovado pelos deputados e senadores. A afirmação foi feita pelo presidente do Senado e do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), durante evento do Grupo de Líderes Empresariais (Lide), em Zurich, na Suiça.
O senador afirmou que o governo se comprometeu a enviar uma nova medida provisória, retirando a proposta editada no fim do ano passado que previa a reoneração gradual da folha a partir de abril. "A desoneração da folha, tendo sido uma lei aprovada pelo Congresso, e com um veto derrubado, ela valerá. Há um compromisso do governo federal de reeditar a MP, retirando a desoneração do texto", declarou Pacheco, que nesta semana se reuniu com o ministro Fernando Haddad (Fazenda) e com o secretário-executivo da pasta, Dario Durigan. Ontem, Haddad também se encontrou com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para tratar do assunto.
Segundo Pacheco, devolver a MP ao governo seria “cômodo” da sua parte e, embora pudesse agradar a boa parte da opinião pública, ele preferiu atender ao ministro Haddad, reconhecendo o seu esforço de cobrir o déficit fiscal de medidas aprovadas em 2023. O senador frisou que não houve má-fé nem confronto de Haddad com a medida provisória sobre reoneração da folha. “A MP da reoneração da folha seria muito ruim quando queremos manter a queda do desemprego no País”, afirmou. Ele lembrou que a desoneração não é isenção e é temporária, não permanente. “Vamos fazer uma programação ao longo do tempo. Vamos pensar para depois dos quatro anos qual o modelo de transição que nós temos, cuidando de cada um dos setores para que se evite injustiças.” (Com O Globo e Estadão)
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Postado por: Marco Eusébio, 19 Janeiro 2024 às 12:00 - em: Principal