Desafios de uma gestão pública municipal Ari Sandim (*)

Desafios de uma gestão pública municipal

O ano de 2017 promete ser de grandes desafios aos novos prefeitos que assumirão seus mandatos. Isso porque o quadro econômico internacional desfavorável, aliado à crise econômica, política e ética brasileira vislumbra a necessidade de uma gestão municipal pautada na prioridade de contenção de gasto da máquina pública na busca do equilíbrio financeiro, mas buscando sempre uma melhor eficiência na arrecadação, como atualização da inscrição imobiliária, IPTU, ISS, ITBI e ITR, para em um segundo momento obter a capacidade de investimentos nos anseios da população local.
 
Constata-se uma queda nas receitas municipais na maioria dos municípios sul-mato-grossens, principalmente do FPM (Fundo de Participação dos Municípios) um importante repasse feito pelo Governo Federal aos municípios brasileiros, além da dificuldade de implantar novas formas de arrecadação, obrigando assim uma política de contenção dentro do que preceitua a Lei de Responsabilidade Fiscal, pois as instituições de controle externo (MPF, MPE, PF, JF, STF, TCU, CGU,TCE) estão vigilantes na gestão pública, exigindo a legalidade e o fim da malversação do recurso público.
 
Assim, os agentes públicos que pleitearão alcançar o comando do executivo municipal deverão abrir uma interlocução com seus eleitores mostrando o real quadro econômico/administrativo que herdarão de seus antecessores e, se possível, trazer a sociedade civil organizada como um grande parceiro para esse momento difícil que passamos em nossa economia, evitando assim vender sonhos e entregar pesadelos.
 
Esse novo momento da gestão pública exige dos futuros prefeitos uma sensibilidade política aliada a uma gestão técnica profissional com planejamento adequado para priorizar não apenas o pagamento de salários dos servidores e suas despesas continuadas, mas que vislumbre seu papel de investir minimamente nos anseios da população, evitando também incorreções nos atos administrativos que levem à sua improbidade administrativa após término do mandato, resultando uma eventual inelegibilidade para processos eleitorais futuros.
 
Os desafios serão grandes e difíceis de transpor, mas com transparência, envolvimento da sociedade civil local, equipe técnica eficiente, comprometida e determinada conseguirão dar uma nova esperança à população tão desacreditada com os atos da classe política brasileira.
 
(*Ari Sandim Primo é administrador de empresas e consultor político em Campo Grande-MS)
 


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Postado por: Ari Sandim (*), 28 Março 2016 às 12:45 - em: Falando Nisso


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