Deputado cobra explicações sobre monitoramento de redes sociais
Fotos Divulgação com ilustraçãoO deputado federal Célio Studart (PV-CE) pediu oficialmente ontem à Mesa Diretora da Câmara que cobre explicações do Planalto sobre uma empresa contratada com dinheiro público para monitorar redes sociais de opositores e aliados do governo de Jair Bolsonaro e também de jornalistas. A notícia publicada pela revista Época (veja aqui) mostra que de fevereiro a abril deste ano pelo menos 116 políticos – 105 deputados federais, nove senadores, uma deputada estadual e um vereador – tiveram as redes sociais monitoradas. A lista (veja aqui) cita apenas um parlamentar de Mato Grosso do Sul, o senador Nelsinho Trad (PSD), que tem se posicionado como aliado do governo. A revista diz que o Planalto impôs sigilo a esses documentos, alegando tratar-se de "trabalho autoral" da empresa contratada, e se negou a responder sobre o assunto. Caso o presidente da Câmara Rodrigo Maia (DEM-RJ) envie o pedido de Studard, os órgãos federais terão 30 dias para responder, sob pena de cometer crime de responsabilidade. "Espionagem governamental é crime contra a democracia", escreveu o deputado no Twitter. "Relatórios sigilosos? Isso é a volta da ditadura! Não precisa de sigilo comigo não, Jair Bolsonaro! Diga o que pensa na cara e digo o que penso na sua também", acrescentou Célio Studart.
RELATÓRIOS SIGILOSOS? Isso é a volta da ditadura! Não precisa de sigilo comigo não @jairbolsonaro ! Diga o que pensa na cara e digo o que penso na sua também!
— Célio Studart (@CelioStudart) November 20, 2020
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Postado por: Marco Eusébio, 21 Novembro 2020 às 13:15 - em: Principal