Delações como a de Delcídio passarão por 'recall' quando Raquel Dodge assumir PGR
Fotos Reprodução/Arquivo
As delações de Delcídio do Amaral, do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado e de alguns delatores ligados à Odebrecht na Lava Jato vão passar por "recall" quando a nova procuradora-geral da República Raquel Dodge assumir o cargo no lugar de Rodrigo Janot. "Os colaboradores serão chamados para esclarecer inconsistências, apresentar provas de pontos específicos e responder a contradições entre seus relatos e os de outros delatores", revela Vera Magalhães em sua coluna na edição de hoje do Estadão de S.Paulo.
Sobre uma delação que será anulada, conforme antecipou Janot em entrevista nesta semana, a jornalista explica que não é a colaboração do sul-mato-grossense. "Trata-se de um delator menos 'visado', segundo investigadores, e que mentiu deliberadamente em depoimentos. O nome é mantido em segredo porque a anulação ensejará outras medidas, como buscas e prisões", informa.
Vera Magalhães diz que as delações de Delcídio e de Machado têm o mesmo tipo de problemas: "não oferecem provas de conversas, fatos pretéritos e de como políticos do PT e do PMDB teria obstruído a Justiça". A jornalista esclarece, entretanto, que que Delcídio tem condição melhor do que Machado de manter os benefícios da delação, que, como reconhecem investigadores, "foi corroborada por assessores e colaboradores da Odebrecht".
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Postado por: Marco Eusébio, 09 Agosto 2017 às 14:00 - em: Principal