Da expansão da consciência Heitor Freire (*)

Da expansão da consciência

Um dos temas que mais tem merecido a minha atenção é a questão da consciência. Por isso é que volto a me referir a ela com tanta frequência. Considero-a fundamental para a evolução espiritual e para o autoconhecimento. Aprendi que a consciência é um atributo do espírito e que armazena todo o instrumental que constitui o conjunto de atos, sentimentos, emoções, pensamentos, palavras e comportamentos que realizamos em nossa encarnação.
 
É nela que ficam registradas todas as nossas realizações imateriais, constituindo assim um cabedal de ações que levamos para sempre na espiritualidade e que se transformam no nosso capital de conquistas, onde ficam registradas as sementes que lançamos e que, no devido tempo, se transformam na colheita obrigatória e natural. Como dizia Chico Xavier, a semeadura é livre, mas a colheita é obrigatória.
 
Daí a necessidade de nossos atos merecerem sempre uma atenção especial e de estarmos sempre presentes em nossas atitudes. Não há desculpa para nossos atos; todos estão registrados, sabendo ou não sabendo, como ensina um dito esotérico: “Se compreendes, as coisas são como são; se não compreendes, as coisas são como são”.
 
Não adianta fingir-se de morto, fazer de conta que não é conosco, e simplesmente “achar” – este verbo é o grande enganador que as pessoas usam, na maioria das vezes, inconscientemente –, pois quem acha não sabe, mas temos a obrigação de saber.
 
Recebi há poucos dias por meio de um mestre maçom, Aquilino Rodrigues Leal, um texto de autoria de outro mestre maçom, Francisco Feitosa, no qual ele aborda com muita competência a questão da consciência e de como ela deve ser entendida, estudada e aplicada para uma vida satisfatória e realizadora.
 
Feitosa é jornalista, escritor, editor de alguns periódicos como o Astréa News e a Revista da Arte Real – da qual é também fundador –, e criador do Programa Despertar, outra de suas iniciativas “a fim de tentar induzir os leitores a se libertar dos grilhões da ignorância, estimulando o estudo e a pesquisa”.
 
No texto a que me refiro, “Expansão da Consciência”, de onde tirei o título deste artigo, Feitosa demonstra de forma didática e construtiva como estudar e meditar, começando com a interpretação dessa palavra. Diz ele: “meditar é me ditar, ou seja, ditar para mim mesmo e assim iniciar esse diálogo interno”.
 
Feitosa cita um ensinamento de Paulo de Tarso: “Não sabeis, vós, que sois o Templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós?”. Completando a seguir: “Pois chegou a hora de parar de buscar fora o que sempre esteve dentro de você”.
 
O ensinamento é muito claro e didático; é só parar para pensar e perceber o alcance e a dimensão dessa atitude. Expandir a consciência, é “a grande obra a se realizar”. Para tanto, “só precisamos recolher-nos ao mais puro silêncio da alma, a fim de percebermos o chamamento do nosso Eu espiritual e nos permitirmos esse diálogo interno”.
 
Somente assim, teremos consciência de quem realmente somos, de onde de fato viemos e para onde realmente vamos.
 
Ele conclui : “A expansão da consciência nos fará perceber que não somos seres humanos vivendo uma experiência espiritual, somos seres espirituais vivendo uma experiência humana”.
 
Realmente é um ensinamento rico e valioso, mas para ser devidamente aprendido é indispensável a ação com entendimento e vontade de atingir esse estado que vai proporcionar a quem se aventurar, a libertação das angústias e incertezas que envolvem a maioria dos seres encarnados.
 
(*Heitor Rodrigues Freire – corretor de imóveis e advogado)


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Postado por: Heitor Freire (*), 20 Julho 2024 às 08:00 - em: Falando Nisso


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