Da evolução Heitor Freire (*)

Da evolução

A tendência natural do ser humano é a evolução, e ela se manifesta pelo uso do conhecimento, da inteligência e da vontade de realizar.
 
Assim, ao longo dos milênios, o homem foi descobrindo, criando e aperfeiçoando suas descobertas e invenções. Esses grandes avanços vão desde a descoberta do fogo, passando pela criação da roda e a invenção da escrita, até a decodificação do DNA e a criação da internet.
 
A lista é muito extensa, afinal o homo sapiens já habita a terra há aproximadamente 200 mil anos, segundo os estudos mais recentes. E seria impossível listar todas as descobertas de cada área num só artigo.
 
O domínio do fogo pelos primeiros hominídeos foi de fundamental importância para a sobrevivência da nossa espécie. Em milhares de anos utilizando o fogo, o homem conseguiu produzir diversos materiais (metálicos, cerâmicos) que impulsionaram o desenvolvimento civilizatório.
 
Relaciono, a seguir, algumas das invenções e descobertas que mudaram a história da humanidade:
 
A lei 
 
A vida em comunidade exigiu um ordenamento que permitisse o relacionamento entre as pessoas e os países. Ur-Nammu, imperador da Suméria no século XXII antes de Cristo, criou o primeiro código que funcionava em termos condicionais, no estilo “Se X acontecer, Y deverá ser aplicado”. Logo depois, na Babilônia, Hamurabi criou o Código de Hamurabi, baseado na lei do Talião, conhecido como “olho por olho, dente por dente”, famoso até hoje.
 
A roda
 
Antes da invenção da roda em 3.500 a.C., os trabalhadores não tinham nenhuma ferramenta para o transporte de sua produção, e por isso sua capacidade ficava limitada ao que cada pessoa (ou grupo) podia produzir e carregar. A roda, para sua funcionalidade, precisava de um eixo, que foi criado logo a seguir e foi sendo aperfeiçoado cada vez mais.
 
O prego
 
O prego foi inventado cerca de 2.500 anos antes do nascimento de Cristo, conforme a humanidade aprendeu a manipular o metal e mudar a sua forma. O prego foi aperfeiçoado pelo grego Arquimedes no século III a. C, que criou uma variação dessa ferramenta, transformando-a em parafuso.
 
A bússola
 
A invenção da bússola pelos chineses ajudou a resolver o problema de orientação para os navegantes, viajantes e desbravadores em geral, tomando como referência o campo magnético do planeta, que sempre aponta para o Norte. Uma invenção simples e revolucionária, que passou por diversos aprimoramentos, como o GPS que usamos hoje o tempo todo. 
 
A prensa móvel
 
Ela foi inventada em 1440 por Gutenberg e logo se tornou uma das inovações mais sensacionais da história. Permitiu que livros e textos fossem impressos em larga escala (e deve ter deixado muito monge copista sem emprego) pela primeira vez na história.
 
O motor
 
A revolução industrial não teria existido se não tivessem inventado o motor. 
 
Os algarismos arábicos 
 
O matemático italiano Leonardo Fibonacci (1170-1240) trocou os complexos algarismos romanos pelos arábicos, bem mais simples e práticos. A facilidade que isso trouxe para os cálculos resultaria no avanço da álgebra e, por consequência, de toda a tecnologia. 
 
Os óculos
 
O inglês Roger Bacon (1220-1292) construiu as primeiras lentes de cristal para corrigir distorções da visão. A invenção de Bacon demoraria mais de 100 anos para se tornar prática. Em 1784, o americano Benjamin Franklin inventaria os óculos bifocais.
 
A caravela
 
A exploração do mundo deve muito a essa invenção portuguesa. Comparadas com as demais embarcações da época, as caravelas eram rápidas, seguras e resistentes. Elas abriram os caminhos do Velho Mundo em direção ao Novo Mundo.
 
A pólvora
 
Inventada por alquimistas chineses, a pólvora é uma das criações mais letais já criadas pelo homem. Inicialmente usada com um atirador de lança voltado a atacar um inimigo distante, durante a Idade Média a pólvora passou a ser usada de modo mais refinado, resultando nas atuais armas de fogo. O homem demonstrou ser especialista em artefatos de destruição da sua própria espécie.
 
A eletricidade
 
É graças ao manejo da eletricidade que nós conseguimos acender uma lâmpada, ligar a TV ou colocar o celular para carregar. Como sabemos, eletricidade é um termo geral que se encontra nos fenômenos da natureza.  Porém, nem sempre a eletricidade esteve dominada pelo homem. Tudo mudou depois que um físico inglês chamado Willian Gilbert passou a estudar a eletricidade, ainda no século XVII. A partir dele, outros estudos surgiram e levaram os cientistas a descobrir como reproduzir e controlar o uso da eletricidade.
 
As descobertas científicas
 
A ciência tem sido um dos pilares fundamentais do progresso humano, impulsionando inovações, descobertas e avanços tecnológicos que transformaram nossa sociedade. Entre inúmeras, destacam-se:
 
A Teoria da Relatividade, de Albert Einstein; a descoberta da penicilina, que derivou no uso de antibióticos para o combate de bactérias; a descoberta da estrutura do DNA, que levou ao conhecimento das funcionalidades do corpo dos seres vivos; a criação das vacinas; a descoberta das técnicas de transplante de órgãos humanos; a Missão Apollo 11 e a chegada do homem à Lua; a descoberta dos buracos negros; o sequenciamento do genoma humano; a descoberta das ondas gravitacionais; as fotografias de galáxias distantes, etc. etc.
 
O que se constata é que o homem sempre foi muito criativo e inteligente com o que observa fora de si, inventando meios e condições que transformaram e melhoraram muito a sua própria vida.
 
Mas a transformação mais importante decorre de um acontecimento que mudou a história da humanidade: o nascimento de Jesus, que nos ensinou de forma didática e simples – por isso de certa forma desconsiderada – a fórmula para a maior e mais importante transformação que cada um pode fazer, a mudança interior, que se dá por meio do amor a Deus e principalmente ao próximo. Assim como acredito que a humanidade realmente tem jeito, creio também que no decorrer do tempo e do espaço há de haver a grande transformação. E ela já começou.
 
(*Heitor Rodrigues Freire – corretor de imóveis e advogado)


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Postado por: Heitor Freire (*), 02 Novembro 2024 às 09:00 - em: Falando Nisso


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