Contratação do goleiro Bruno por clube da Bahia gera protestos de mulheres: vídeo

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Contratação do goleiro Bruno por clube da Bahia gera protestos de mulheres: vídeo
Possível contratação de Bruno por clube de Feira de Santana gerou críticas da apresentadora da TV Bahia e de grupos de mulheres

A negociação do Fluminense de Feira de Santana (BA) para contratar o goleiro Bruno, condenado pelo assassinato da modela Eliza Samúdio em 2010, gera protestos de mulheres na Bahia. Conforme a imprensa baiana, o clube chegou a um acordo com Bruno para o campeonato estadual de 2020, mas o contrato depende de a Justiça autorizar a transferência do jogador de 35 anos, que cumpre pena na cidade mineira de Varginha em semiaberto domiciliar, onde precisa se apresentar em juízo no dia 10 de cada mês. Um manifesto assinado pela Rede de Mulheres Negras da Bahia, pelo Movimento de Mulheres em Defesa da Cidadania e pela seção de Feira de Santana do Movimento Negro Unificado da Bahia, diz que "o simples fato de cogitar a contratação deste assassino já se constitui uma mancha na longa história do Clube". Na TV Bahia, afiliada Globo, a jornalista Jéssica Senra, afirmou: "Atletas são referências. Contratar para um time de futebol um assassino, um homem que mandou matar a mãe do seu filho, esquartejar, dar o corpo para os cachorros comerem é um desrespeito. É um desrespeito a nós mulheres". O vídeo abaixo dividiu a opinião de seguidores de Jéssica no Instagram, entre os que rejeitam a volta de Bruno e os que defendem que o goleiro merece recomeçar.

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

Eu acredito na recuperação do ser humano. Acredito que a maioria das pessoas merece outras chances depois que comete erros, porque errar é da essência humana. O perdão é um dos sentimentos mais belos que podemos cultivar. Mas perdoar alguém não significa esquecer o que esse alguém fez nem permitir que esse alguém continue em nossa vida. Perdoar e dar uma nova chance não apaga o que foi feito, não se pode fingir que nada aconteceu. Embora juridicamente o cumprimento de uma pena libera o condenado para seguir sua vida normalmente, é socialmente que precisamos pensar no que toleramos ou não. Nem tudo é apenas questão de lei. Há comportamentos legais que são imorais. Um condenado pode e deve ser ressocializado. Deve merecer uma segunda chance. Mas penso que, depois de um crime tão perverso, voltar a ser ídolo, a estar numa posição que lhe confere status de ídolo, é bastante questionável. Penso que o feminicida deve voltar ao trabalho, mas não no futebol, não como ídolo. Defendo sua ressocialização, mas longe de qualquer torcida. E isso não é a lei que vai decidir. É a sociedade. E se ele tivesse estuprado um bebê? O que os “fãs” diriam? Lembro que há pouco mais de dois anos, jogadores foram flagrados num vídeo masturbando uns aos outros no vestiário de um clube gaúcho. Os quatro jogadores foram dispensados. Seus nomes, inclusive, foram poupados para evitar que eles fossem banidos do futebol. E é bom que fique bem claro: eles não cometeram crime algum, não fizeram nada contra a vontade de ninguém! Mas, absurdamente, a homossexualidade ainda é intolerável no futebol. Ser feminicida é aceitável? O que você pensa disso? #NãoAoFeminicídio

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Postado por: Marco Eusébio, 07 Janeiro 2020 às 15:30 - em: Papo de Arquibancada


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