O Esporte Clube Comercial pediu hoje ao Tribunal de Justiça Desportiva (TJD-MS) a revogação imediata da nomeação de Estevão Petrallas, colocado pela CBF como interventor no comando da Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul (FFMS após a prisão do presidente da entidade Francisco Cezário pela operação Cartão Vermelho, do Gaeco, que investiga desvio de dinheiro público repassado pelo Governo do Estado e pela CBF à instituição. Conforme o site GE MS, o clube alega que Petrallas estaria "inelegível" justamente por não ter prestado contas de dinheiro público, recebido do governo estadual por meio da Funderporte, quando era presidente da Liga de Futebol Profissional de MS, que deveria ter sido repassado ao Operário Futebol Clube. 

 

Petrallas deixou a presidência da Liga em abril de 2016. Em 2019, o juiz Marcelo Andrade Campos Silva, da 4ª Vara de Fazenda Pública e Registros Públicos da Capital, condenou a Liga, "na pessoa do seu presidente Sr. Estevão Antonio Petrallas, a pagar a quantia de R$ 40.878,97, corrigida monetariamente pelo INPC e com incidência de juros de mora de 1% ao mês, pela falta de prestação de contas do recurso financeiro destinado ao OPERÁRIO FUTEBOL CLUBE, conforme sentença anexa". O advogado do Comercial, Reinaldo Leão, disse ao GE MS que, mesmo o débito sendo da entidade, a responsabilidade pode respingar sobre Petrallás, que, se diretamente condenado por gestão irregular ou temerária, ficaria inapto por 10 anos para cargos eletivos em qualquer organização esportiva, conforme o Art. 67 da Lei nº 14.597 (Lei Geral do Esporte).