Com dengue de novo, Delcídio leva 'pito' de juiz e dá 'receita' para enfrentar a seca

Ailton de Freitas/O Globo Arquivo
Com dengue de novo, Delcídio leva 'pito' de juiz e dá 'receita' para enfrentar a seca
Delcídio disse que está com dengue hemorrágica, que tem problema de bronquite e deu receita para enfrentar a seca
Delcídio do Amaral tomou um "puxão de orelhas" do juiz Ricardo Soares Leite hoje, na 10ª Vara Federal de Brasília, por atraso e falta de correção monetária no pagamento de R$ 1,5 milhão acertados no acordo de delação feito em janeiro com Rodrigo Janot e chancelado em março pelo Supremo. O jornal O Globo acompanhou a audiência, feita de dois em dois meses para acompanhar o acordo, e divulgou que o clima foi "amistoso, bem humorado" e sem sanção, por ora, ao delator. 
 
"O cronograma está bem atrasado", disse o juiz. "O acordo diz que o primeiro pagamento pode ser feito num prazo de seis meses. Vai haver pagamento até 30 de setembro. E a atualização do cálculo diz respeito a uma diferença de R$ 9 mil, isso vai ser ajustado", respondeu o sul-mato-grossense.
 
DENGUE, SECA, TEMER E JBS
 
O senador cassado contou que está com dengue hemorrágica há 20 dias. É a segunda vez. Quando era senador, ficou internado em Campo Grande em 2010 por causa da doença (leia aqui). Ao ouvir do juiz que está mais magro, respondeu: "Dei uma desaguachada. O pantaneiro diz que, quando emagrece, dá uma desaguachada". Afirmou que passa os dias entre a fazenda em MS e na Capital do estado.
 
Ao falar sobre o tempo seco de Brasília onde não chove há três meses, Delcídio deu uma receita ao juiz: "Conheço bem isso, tenho problema de bronquite. Já tive uma porção de coisa na vida. Minha mãe diz que eu sou a 'Santa Casa'. O problema do Aerolin (uma medicação em spray) é o uso contínuo. O corticóide faz inchar. Tem outro muito mais ameno. Meu advogado vai passar o nome para a secretária do senhor".
 
Depois, indagado pelo jornal O Globo, Delcídio comentou o noticiário político e criticou o decreto do presidente Michel Temer que extingue uma reserva de 47 mil km² na Amazônia, entre o Pará e o Amapá, para permitir exploração de minério na região. "Agora não tem mais nada, não tem mais índio, não tem mais reserva, não tem mais nada. Na hora que a mineradora entrar ali não sobra nem... Eu conheço essa reserva do Amapá", afirmou. Sobre a delação da JBS, opinou: "Esse processo da Friboi ainda var dar muito problema."


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Postado por: Marco Eusébio, 24 Agosto 2017 às 18:30 - em: Principal


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