Relatório de auditoria que avaliou o Programa Auxílio Brasil, que vigorou de 2021 e 2022, em substituição ao Bolsa Família, durante o governo de Jair Bolsonaro, publicado ontem pela Controladoria-Geral da União (CGU), aponta que 468 mil famílias fora do perfil de renda do programa receberam o benefício, entre janeiro e outubro de 2022, com pagamentos de mais de R$ 218 milhões por mês, totalizando cerca de R$ 2,18 bilhões no período avaliado. Dentre essas famílias, cerca de 75% possuíam membros que receberam benefícios na folha de pagamentos do INSS, e cerca de 17% possuíam rendimentos registrados em GFIP [informações previdenciárias] no mês anterior à folha de pagamentos do programa. Em outra análise a CGU indicou que falhas de controle no acompanhamento mensal de pagamentos, que deveria incluir atualização de informações sobre situação cadastral, podem ter gerado o pagamento indevido auxílio a cerca de 367 mil famílias, em média, por mês, de janeiro a outubro de 2022. Isso significa R$ 171 milhões por mês, totalizando, no período, R$ 1,71 bilhão, que somados aos R$ 2,18 bilhões, superam R$ 3,8 bilhões. (Com Agência Brasil)

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