O economista Javier Milei, de 52 anos, candidato de extrema direita à presidência, venceu as eleições primárias da Argentina realizadas neste domingo. Segundo o jornal "Clarín", Milei, do "A Liberdade Avança", se apresenta como um personagem que vem de fora para combater as más práticas da política. Sua vitória representa um duro golpe à coligação de centro-esquerda e reflete o descontentamento com a crise econômica argentina que registra uma inflação anual superior a 100%. Suas promessas incluem dolarizar a economia e fechar o Banco Central. O argentino é contra o aborto, considera mudanças climáticas "uma farsa" da esquerda, é admirador de Jair Bolsonaro, com quem costuma ser comparado, e de Donald Trump. Filho de motorista de ônibus que virou empresário do transporte e de uma dona de casa, Milei cresceu em um lar violento e sofreu bullying na escola. "Para mim eles estão mortos", dizia sobre seus pais em 2018, quando apresentava um talk show de televisão. Ele voltou a falar com os pais durante a pandemia. (Com El País, La Nacion RTP e G1)

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