Campo Grande somos nós Yves Drosghic (*)

Campo Grande somos nós

Fundada pelo mineiro José Antônio Pereira em 21 de junho de 1872, e elevada a Município em 26 de agosto de 1899, Campo Grande chega aos 116 com a beleza dos ipês, que florescem nas cores amarelas e roxas, e com o charme de capital com jeito de cidade do interior.
 
Aqui, a mistura de várias culturas formam uma riquíssima colcha de retalhos. São japoneses, árabes, mineiros, gaúchos, paraguaios, bolivianos, cada qual com imensa contribuição para o progresso da cidade morena.
 
Todavia, sofremos a pior crise da história. Um prefeito legítimo “cassado” através de um golpe parlamentar, comprovadamente arquitetado por pessoas investigadas no maior escândalo de corrupção do Estado e um dos maiores do país.
 
Prefeito e vereadores (salvo raras exceções) em descompasso com a opinião pública, que agonizam frente à paralisação das atividades dos professores e médicos, ruas com buracos fantasmas, merenda que falta, intransigência com a classe artística e tantos e tantos problemas nunca antes vívidos dessa forma intensa e malévola como vivemos.
 
Campo Grande merece dias melhores. Deve ser passada a limpo. Uma gestão sem transparência e participação popular não será capaz de recuperar a alma feliz que sempre tivemos.
 
E algumas medidas se fazem urgentes em nossa capital. Seja quem for que a administre nos próximos anos, é primordial que se valorize o interesse público acima das disputas políticas e empresariais que nos assolam hoje.
 
Medidas moralizantes urgem, como a diminuição do número de vereadores para 21 (como era antes); o fim das operações tapa-buracos, com investimento desses recursos no recapeamento das nossas ruas, bem como revitalização do nosso centro que está longe de ser nosso cartão postal; transparência com os recursos da saúde, divulgando gastos e escala dos médicos (não é possível que mais de 30% do orçamento aplicados na saúde não sejam capazes de, minimamente, atender nosso povo); respeito com a educação e cultura, pagando professores e artistas condignamente; diminuição dos cargos em comissão aos patamares das outras administrações, trazendo economicidade e moralidade à administração.
 
Estas são algumas medidas urgentes, que trariam de volta Campo Grande aos trilhos. É obvio que existem outras medidas e tarefas que uma administração séria deve tomar. Mas, mais que isso, nós, campo-grandenses, temos o dever de lutar por um novo caminho para nossa 
 
Morena, afinal de contas nosso lindo hino nos ensina: “A cidade onde todos vivemos, aprendamos fiéis defender, nosso afeto a ela sagremos e felizes assim hemos ser.”
 
(*Yves Drosghic, advogado, é presidente da Fundação Brizola-Pasqualini do PDT-MS)
 


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Postado por: Yves Drosghic (*), 24 Agosto 2015 às 12:20 - em: Falando Nisso


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