A Prefeitura de Campo Grande decretou situação de emergência na saúde pública diante de um surto de doenças respiratórias e falta de leitos na Capital. O decreto foi publicado em edição extra do Diário Oficial (Diogrande) no sábado e vale por 90 dias. Conforme Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), 971 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) foram notificados desde o início do ano, sendo que 486 foram confirmados e 66 evoluíram para óbito. A SRAG corresponde a casos de síndrome gripal que comprometem a função respiratória e podem levar à internação. Neste domingo, a vacinação contra os vírus da gripe foi ampliada para toda a população. 

 

A secretária de Saúde, Rosana Leite, disse que o aumento da demanda por atendimento deve persistir pelas próximas semanas, com a circulação de vírus respiratórios. O déficit de leitos hospitalares já ultrapassa 100%, sendo que no sábado 212 adultos e 43 crianças aguardavam vaga em hospitais da capital. “Começamos a vacinação contra a influenza há mais de um mês e, infelizmente, vacinamos apenas 1/3 da população que poderia ser imunizada. O aumento de casos, conforme apontado no boletim da Fiocruz, mostra que Campo Grande e Mato Grosso do Sul apresentam um crescimento sustentado. A tendência é que, nas próximas quatro a seis semanas, continue esse aumento, ou seja, a circulação do vírus está muito alta”, alertou a secretária.