Itamar Novaes (*)

O GP do Brasil prometia. Button poderia ser o campeão. E Rubinho poderia adiar a festa. Porém, isso não ocorreu. Na largada Raikkonen foi muito bem. Pulou do quinto para o terceiro lugar. Mas Rubinho manteve a ponta. Ele que saía em primeiro. Enquanto isso Button muito arrojado mostrava que estava a fim de ser campeão. Raikkonen tocou Mark Webber e teve que ir para os boxes com problema na asa dianteira.

Enquanto isso lá no pelotão de trás, Jarno Trulli se tocou com Adrian Sutil e ambos tiveram que abandonar a corrida. Do albarroamento sobrou para Alonso que saiu da disputa precocemente. Kovalainen rodou e quase bateu em Fisichella. Depois disso foi para os boxes e, num acidente bizarro, a mangueira de combustível ficou presa no seu Mac Laren MP4-24. Que a arrastou pelos boxes derramando combustível. Disso resultou que a Ferrari de Kimi Raikkonen foi atingida por um spray de gasolina do carro do compatriota. E um incêndio breve começou assustando ao piloto ferrarista.

Na rodada de Kovalainen que o levou aos boxes, o safety car havia entrado na pista. E isso favoreceu Button que após a saída do carro de segurança, de forma decidida e com incentivos de seu engenheiro ultrapassou Grosjean e depois Nakajima. Por sua vez Rubinho “voava” na pista. E na primeira rodada de pit stops, ao retornar à corrida voltou em 21º lugar. E Button com sorte de campeão foi beneficiado pelo abandono de Rosberg, herdando o lugar do alemão. E o inglês da Brawn com uma parada ultrapassou Buemi. Indo para o sétimo lugar. E depois para sexto.

Button corria muito bem focado. Por seu turno Barrichello não estava numa jornada feliz. Depois da primeira parada o brazuka perdeu a primeira posição para Webber e a segunda para Kubica. E após, nos segundos pit stops, Button estava em sexto lugar e Barrichello em terceiro. A seguir Hamilton ultrapassou Rubinho que perdeu a terceira colocação para o inglês da Mac Laren. Mas na onda de infortúnios do dia, pois teve problemas de rendimento pela troca de pneus, o brazuka teve mais um dissabor relacionado a esse setor importante do carro. Um pneu furado de seu Brawn GP definitivamente pôs fim às esperanças de Rubinho de ter um resultado que impedisse Button de se campeão no Brasil. E como no ano passado Interlagos assistiu à consagração de outro piloto inglês.

Congratulations Jenson Button! É doce vencer. Sobretudo na casa do adversário. O titulo está em boas mãos. Button de fato mereceu. Jogou limpo e mostra ser uma pessoa afável. Muito simpático não deixou criar uma animosidade entre ele e Barrichello. E Rubinho deve se sentir também vencedor. Pois reiniciou a carreira quando muitos o davam como em fim de linha. Agora deve lutar pelo vice-campeonato em Abu Dabi. Kubica chegou em segundo e Hamilton em terceiro. Webber venceu pela segunda vez na carreira com Rubinho em oitavo e Button em quinto. Um parabéns especial também para a Brawn GP que se tornou a primeira equipe a vencer o Mundial de Construtores logo no ano de estréia na F-1.

(*Itamar de Souza Novaes é colaborador do PAPO DE ARQUIBANCADA para assuntos de F1 - inovaegot@hotmail.com)