Butantan ofereceu vacinas em julho, mas ficou sem resposta do governo diz Dimas Covas à CPI

Jefferson Rudy/Agência Senado
Butantan ofereceu vacinas em julho, mas ficou sem resposta do governo diz Dimas Covas à CPI
Dimas Covas disse que o Brasil poderia ter sido o primeiro país a começar vacinação
Em depoimento hoje à CPI da Covid, o presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas, afirmou que fez a primeira oferta de doses da Coronavac ao Ministério da Saúde em 30 julho de 2020, mas ficou sem resposta. Eram 60 milhões de doses, que seriam entregues no último trimestre do ano passado, o que permitiria ao Brasil ser o primeiro país a começar a vacinação. A informação revela que a oferta foi feita antes da Pfizer oferecer seus imunizantes ao governo em agosto, proposta também ignorada na época pelo governo federal, conforme contou à CPI o presidente da empresa na América Latina, Carlos Murillo (leia aqui). Covas declarou ainda que em 7 de outubro o Butantan fez outra oferta, de 100 milhões de doses, quando o então ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, se mostrou favorável, mas foi logo desautorizado pelo presidente Jair Bolsonaro como foi amplamente divulgado na época. 
 
CRÍTICAS À CHINA – O diretor do Butantan também revelou que o embaixador da China no Brasil, Yang Wanming, relatou "inconformismo" com os ataques ao seu país feitos por autoridades brasileiras, o que até agora gera atrasos no fornecimentos de insumos para produção de vacinas no Brasil. Desde o ano passado, por questões ideológicas, tanto Bolsonaro, como seu ex-chanceler Ernesto Araújo e pessoas próximas ao presidente, como o filho deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) têm feito críticas públicas diretas ou indiretas à China.


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Postado por: Marco Eusébio, 27 Maio 2021 às 17:00 - em: Principal


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