Yves Drosghic (*)
Brizola em 2019
Próximo dia 21 completará 15 anos da morte do líder trabalhista Leonel Brizola. Conhecido amplamente por ser um educacionista e nacionalista, Brizola sempre pregou contra as chamadas "perdas internacionais", que basicamente era o envio de lucro do Brasil para o estrangeiro.
Na visão dele, isso prejudicava muito nossa economia. Uma década e meia se passou e parece que o diagnóstico continua atual. Isto pois, para se ter uma ideia, quando nossa economia tem crescimento, aumentam as remessas de lucro para o exterior. Em 2017, que houve um ligeiro aumento, perdemos U$13,8 bilhões (R$ 53,2 Bi).
Esse dinheiro obviamente rende mais lá fora do que no Brasil, portanto, mais rentável se investir no exterior. Porém, a pergunta que fica: se tivéssemos esse dinheiro todo investido no país, o quanto que poderíamos gerar de emprego? Talvez milhões.
Por outro lado, os lucros dos bancos são estratosféricos. Somente os três bancos privados (Itaú, Bradesco e Santander) distribuíram entre seus acionistas a bagatela de R$ 37 bi no ano de 2018. Isso sem pagar imposto nenhum pro país. E cobrando uma das maiores taxas de juros do mundo.
A noção de Brizola, de que a economia nacional deveria ser para fortalecer o emprego, aumentar salário e competir com o mercado internacional, portanto, parece mais atual que nunca.
O Brasil precisa urgentemente de um novo modelo econômico, que longe de ideologias, seja para atender nossa demanda, gerando riqueza e bem estar social. Brizola tinha razão!
(*Yves Drosghic é advogado e presidente do PDT de Campo Grande)
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Postado por: Yves Drosghic (*), 19 Junho 2019 às 10:00 - em: Falando Nisso