Battisti diz: prisão em MS foi armação e só um governo do PT negaria sua extradição
Gabriela Bilo/Estadão Reprodução
Enquanto Michel Temer aguarda parecer da Subchefia de Assuntos Jurídicos para decidir sobre sua extradição, Cesare Battisti, de 62 anos, "perde noites de sono em uma casa simples emprestada por um amigo", decorada com pôsteres de Chê Guevara, da antiga União Soviética, Karl Marx, Palestina e Guernica, de Pablo Picasso, no centro de Cananeia, no litoral de São Paulo, diz O Estado de S.Paulo ao divulgar hoje emtrevista com o italiano. Condenado à prisão perpétua na Itália pelo assassinato de quatro pessoas - que ele nega - Battisti disse ao jornal que a extradição equivale a uma pena de morte.
Sobre a prisão em Corumbá (MS), neste mês, Battisti negou que fosse fugir para a Bolívia, disse que, se tivesse de fugir, seria para o Uruguai, e acusou a Polícia Federal de armar uma armadilha contra ele com ajuda da Embaixada da Itália. O italiano admitiu que só um governo do PT negaria sua extradição. Questionado se valeu a pena ter lutado pelo comunismo, respondeu: "Valeu e vale ainda. Não acredito que o mundo melhorou. Então por que não valeria a pena mais? Mas pensar hoje em fazer um movimento armado como foi comum em quase todos os países do mundo é uma loucura."
Leia aqui trechos da entrevista no site Estadão.
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Postado por: Marco Eusébio, 12 Outubro 2017 às 13:00 - em: Principal