Atos antidemocráticos viraram negócio lucrativo na internet, diz PGR
TSE/ArquivoEnquanto muita gente só ganha algumas curtidas ou inimizades nas redes sociais defendendo bandeiras políticas, outros lucram bastante. No pedido enviado ao Supremo para quebrar sigilos de deputados e militantes suspeitos de estimular e financiar atos contra a Corte e o Congresso, a Procuradoria-Geral da República (PGR) afirmou que convocações e divulgações de atos antidemocráticos pelo YouTube tornaram-se um negócio lucrativo. Segundo o site O Antagonista, no documento enviado ao ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito no STF, a PGR disse que esses ativistas lucram com o "tráfego que geram, a quantidade de seguidores que arrebanham, o universo de pessoas que alcançam com suas mensagens, a sua capacidade de influenciar seus seguidores".
Autor do pedido, o vice-procurador-geral da República, Humberto Jacques de Medeiros, citou relatório de empresa especializada que estima que o canal bolsonarista Folha Política, no YouTube, pode ter lucrado de 6 a 11 mil dólares (até R$ 57 mil) com a transmissão da manifestação de 3 de maio, em que Jair Bolsonaro apareceu na rampa do Palácio do Planalto para cumprimentar apoiadores. O canal Foco do Brasil (que na sexta-feira mudou de nome e de endereço no YouTube) pode ter lucrado de 7,5 a 18,8 mil dólares (até R$ 98 mil) na transmissão da live de Bolsonaro no protesto de 19 de abril, em frente ao Exército. Os dois canais e seus administradores tiveram o sigilo quebrado por Moraes, a pedido de Medeiros, diz O Antagonista.
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Postado por: Marco Eusébio, 22 Junho 2020 às 16:00 - em: Principal