Após manifestações, senadores falam em manter Coaf com Sérgio Moro
Marcos Oliveira/Agência Senado
Após as manifestações deste domingo, senadores falam em manter o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) no Ministério da Justiça sob comando de Sérgio Moro. O projeto de conversão da MP 870, que trata da reforma administrativa do governo, será votado nesta terça-feira no Senado. Caso seja alterada a decisão da Câmara que devolveu o Coaf ao Ministério da Economia, a matéria terá de voltar à analise dos deputados, e o governo teme que a MP perca a validade se não for votada até 3 de junho e perca a validade. Na quinta-feira, em vídeo no Facebook, Jair Bolsonaro sinalizou que, para garantir a aprovação a tempo, abriria mão do Coaf com Moro. "No meu entender, [o Senado] deve aprovar o que foi votado na Câmara, e vamos seguir em pautas mais importantes”, declarou.
Hoje, após as manifestações, um grupo de senadores defende hoje que o Coaf com Moro é um anseio dos brasileiros. "Eu vejo como fundamental para o projeto Bolsonaro que se elegeu em cima de duas bandeiras: combate à criminalidade e combate à corrupção”, disse o líder do PSL no Senado, Major Olímpio (SP), frisando que desistir da medida seria um "tiro no pé do governo". Ele acredita que poderá conseguir o apoio de 44 dos 81 senadores. O líder do PP, senador Esperidião Amin (SC), também defende o Coaf com Moro. "Temos tempo. Se o Senado votar amanhã, a Câmara analisa na quarta. Temos tempo, a Câmara sempre manda matérias em cima da hora para o Senado e votamos, não somos carimbadores", afirmou. Simone Tebet (MDB-MS) disse que o placar será apertado e imprevisível e vê risco de a reforma não ser aprovada a tempo. Um dos poucos a defender o Coaf nas mãos de Paulo Guedes foi o senador Humberto Costa (PT-PE), diz a Agência Brasil.
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Postado por: Marco Eusébio, 27 Maio 2019 às 15:00 - em: Principal