Ao falar sobre segurança nas fronteiras em MS, Raul Jungmann... fica só na conversa
Saul Schramm/CampoGrandeNews Reprodução
Se Mato Grosso do Sul esperava mais do que palavras sobre a atuação do governo de Michel Temer na segurança das fronteiras (leia aqui), vai ter de aguardar, mais uma vez, pelo próximo ocupante do Planalto. Ao participar de reunião do Fórum Permanente de Segurança na Fronteira, promovida hoje em Campo Grande pela OAB-MS e pela Associação Comercial (ACICG), o ministro Raul Jungmann (Segurança Pública), como outros representantes do governo federal têm feito há décadas, voltou a ficar só na conversa.
O secretário estadual de Justiça e Segurança Pública, Antonio Carlos Videira, chegou a pedir ressarcimento da União pelos R$ 132 milhões que MS gasta por ano com presos de outros estados, devido ao tráfico. Jungmann rebateu: "Já pensou se os outros estados também cobrassem por presos de MS que estão lá? Não há base legal sobre isso".
Depois, como bom político, Jungmann admitiu vagamente um ressarcimento, mas já sinalizando que esta é outra promessa vazia. Alegou que a situação fiscal da União "é muito difícil", pelo fato de o governo não ter feito "as reformas que o presidente Michel Temer queria" e lembrando que há "um teto de gastos". Por fim, jogou o problema para o Congresso, falando que espera uma "atenção" para a segurança pública no Orçamento da União de 2019. Ou seja, vai ficar para quem vier a suceder Temer.
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Postado por: Marco Eusébio, 19 Julho 2018 às 18:00 - em: Principal