Anvisa proíbe suplementos com promessas 'milagrosas' para tratar problemas de visão

Marcelo Camargo/Agência Brasil
Anvisa proíbe suplementos com promessas 'milagrosas' para tratar problemas de visão
Anvisa alerta sobre propagandas com promesas 'milagrosas' sobre curas ou estética
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu a fabricação, a comercialização, a distribuição, a propaganda e uso dos produtos das marcas Visipro, Sulinex e Ocularis que, conforme a agência, eram divulgados irregularmente em sites, com indicação para tratamento de problemas de visão como catarata, glaucoma e degeneração macular. A resolução, publicada ontem (7) no Diário Oficial da União, determina a apreensão dos produtos. 
 
“As medidas foram adotadas após o recebimento de denúncias e questionamentos relacionados ao assunto. A agência identificou que os suplementos alimentares eram de fabricantes desconhecidos, ou seja, não se sabe a origem dos produtos”, informou a Anvisa.
 
Em nota, a agência reforçou que, para alimentos em geral, incluindo suplementos alimentares, não é permitida a realização de propagandas que aleguem tratamento, prevenção ou cura de qualquer tipo de doença ou problema de saúde, inclusive relacionados à visão.
 
Propaganda enganosa
 
No comunicado, a Anvisa alerta quanto às propagandas de produtos “com promessas milagrosas”, veiculadas na internet e em outros meios de comunicação, que prometem prevenir, tratar e curar doenças e agravos à saúde, além de melhorar problemas estéticos.
 
“Muitas vezes, esses produtos são vendidos como suplementos alimentares, ou seja, alimentos fontes de nutrientes e outras substâncias bioativas, para os quais não há nenhuma comprovação junto à agência de ação terapêutica ou estética.”
 
“A Anvisa não aprovou nenhuma alegação desse tipo para suplementos alimentares e a legislação sanitária proíbe expressamente que alimentos façam alegações de tratamento, cura, prevenção de doenças e agravos à saúde. Dessa forma, qualquer propaganda de suplementos alimentares que contenha esse tipo de alegação é irregular.”
 
Orientações ao consumidor
 
A agência recomenda que o consumidor não compre nem utilize suplementos alimentares que prometam agir nas situações listadas a seguir:  
 
- Emagrecimento;
 
- Aumento da musculatura; 
 
- Diminuição de rugas, celulite, estrias, flacidez; 
 
- Melhora das funções sexuais; 
 
- Aumento da fertilidade, melhora ou alívio de sintomas relacionados à tensão pré-menstrual, menopausa; 
 
- Aumento da atenção e foco; 
 
- Doenças degenerativas, como mal de Alzheimer, demência, doença de Parkinson; 
 
- Câncer;
 
- Problemas de aumento da próstata e disfunção urinária;
 
- Problemas de visão; 
 
- Doenças do coração, pressão alta, colesterol e triglicerídeos sanguíneos elevados; 
 
- Melhora da glicose sanguínea, diabetes e níveis de insulina; 
 
- Problemas gastrointestinais, como gastrite, má digestão; 
 
- Gripe, resfriado, covid-19, pneumonia; 
 
- Labirintite, zumbido no ouvido (tinitus); 
 
- Distúrbios do sono, insônia. 
 
“Produtos que tenham indicação terapêutica precisam ser regularizados na Anvisa como medicamentos”, destacou a agência. A lista de medicamentos regularizados pode ser acessada aqui. (Com Agência Brasil)


Deixe seu comentário


Postado por: Marco Eusébio, 08 Agosto 2023 às 14:15 - em: Principal


MAIS LIDAS