O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo, autorizou hoje a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) a retomar o processo de impeachment do governador Wilson Witzel (PSC), que havia sido suspenso por determinação do presidente da Corte, Dias Toffoli, sob argumento de que os deputados da comissão especial que trata do assunto teriam de ser escolhidos por eleição interna. Para Moraes, a indicação dos integrantes da comissão pelos partidos políticos da Casa, por consenso, "garantindo ampla participação da 'maioria' e da 'minoria'", não contrariam a Constituição. "Basta verificar que não houve irresignação por parte de nenhum dos partidos políticos representados na Assembleia", emendou. Desta vez, Witzel vai aguardar a decisão dos deputados fora do cargo, do qual foi afastado hoje, por seis meses, por decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), na operação que investiga desvio de verbas da saúde no estado, por um esquema que seria chefiado por ele, em pleno período de pandemia da covid-19. Vale frisar que o presidente da Alerj, deputado André Ceciliano (PT-RJ), e o vice-governador Cláudio Castro (PSC), ambos na linha sucessória de Witzel, também são alvos da investigação sobre desvios de verbas públicas no Rio e foram alvos de buscas na ação deflagrada nesta sexta-feira, com autorização do STJ.

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