Acusado de improbidade administrativa, diretor-geral da PRF vira réu
Carolina Antunes/PR
O juiz Jose Arthur Diniz Borges, da 8ª vara federal do Rio, acatou ação civil do Ministério Público federal (MPF) e tornou réu o diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques. Ele é acusado pelo MPF de improbidade administrativa por usar o cargo para fazer campanha pela reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL), derrotado no segundo turno das eleições presidenciais. “O requerido participou de eventos públicos oficiais, concedeu entrevista em meio de comunicação, bem como fez publicações em suas redes sociais, na qualidade de diretor-geral da PRF e usando da imagem da instituição, com vontade livre e consciente de promover efetivas manifestações, por vezes veladas e outras ostensivas, de apreço ao atual presidente da República e candidato à reeleição Jair Messias Bolsonaro, com o fim de obter proveito de natureza político-partidária, inequivocamente demonstrado no pedido explícito de voto as vésperas do segundo turno da eleição presidencial”, diz a inicial do MPF. O juiz mandou citar Vasques para apresentar sua defesa, num prazo de 30 dias. O MPF pediu afastamento imediato do diretor, mas a cautelar foi negada porque ele está de férias até o dia 6 de dezembro. Silvinei também é investigado pela Polícia Federal por suposta omissão para impedir os bloqueios nas estradas federais após o segundo turno das eleições presidenciais e demora para agir na dissolução das manifestações. Em nota, a PRF informou que acompanha a determinação de citação ao diretor-geral, “uma vez que é o procedimento normal após representação formulada pelo órgão ministerial” e disse não saber informar se Vasques já foi notificado, pois está de férias. (Com Agência Brasil)
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Postado por: Marco Eusébio, 25 Novembro 2022 às 16:45 - em: Principal