Gilton de Almeida (*)
Aberta a temporada de caça ao voto para 2014
Agora é hora de fazer política! Avizinhamo-nos de um ano eleitoral, 2014, e vários atores já entraram em ação por todos os quadrantes do país, começando pela recente visita da presidente Dilma, de gibão, percorrendo as obras atrasadas, sob sol a pino e escaldante, pelo
nordeste, tendo como ponto de partida o Estado de Pernambuco, reduto de seu guru, e por certo um futuro aliado, o atual Governador Dudu Campos.
Em Mato Grosso do Sul não poderia ser diferente. A eleição da Assomasul foi apenas um prenúncio, enquanto muitos entendem como um recado, a ser decifrado por quem sabe “muito” de política. É o “bis in idem”... que também ocorre em política.
A tentativa de validar concepções em favor de seus interesses pessoais será julgada inócua. A fidelidade ao temor reverencial, que vemos no Direito de Família, há muito já se faz presente em nossa política tupiniquim. O carimbo, o velho clichê e o rótulo ainda permanecerão tatuados nos pretensos candidatos que, à boca pequena, estão avaliando se valerá à pena! Eis aí uma das questões inquietantes aos atores do próximo pleito.
Os pré- candidatos a governador terão que travar uma luta titânica para não confundir mística com política. E ao começar a temporada de visitas e articulações junto aos pretensos apoiadores (prefeitos, parlamentares com mandato e lideranças políticas em geral) não
esqueçam de levar consigo as propostas e programas de governo, por que não bastará, à vista do eleitor,apenas a intenção , loquacidade do discurso e o altar de oferendas, já por demais rôto e evasivo.E, será de bom alvitre não transitarem com amabilidades,mesmo usando de
recursos dramatúrgicos para impressionar supostos incautos.
Os atores terão que assumir riscos e admitir desacertos, natural no caminho do aprendizado. O pré-candidato ao Executivo deverá cumprir um tríplice oficio de fazer o “espetáculo”, oferecer o “sonho” e conceder a “certeza”, ou seja, desempenhar, assim, o seu papel perante uma platéia necessitada de mudanças. O herói ou o “ Messias ” deverá sentir-se no cenário como se estivesse em uma arena,com todos os recursos necessários para a espetacularização.
A leitura, sobre o último pleito eleitoral, deixou bem claro que não basta impressionar o eleitorado apresentando o perfilamento da competência com a presença de estrelados cardeais em diapasão ao canto dos cisnes. Impor diagnósticos acadêmicos politicamente factível, necessário se faz que os interpretes apresentem um plano de transformação social e política dos seus estados. E de nada valerá, o livro-texto, se as grandes questões sociais como saúde, educação, infraestrutura e moradia não forem apreciadas no contexto atual. É preciso que se construam alternativas de mudanças críveis do ponto de vista político e programático.
Enquanto no quartel de Abrantes tudo como dantes, seguirá ao forno do Parlamento Federal uma abalizada proposta de reforma política, já previamente consensuada dentre os principais partidos, e uma vez aprovada, o cenário será outro. Aguardemos!
(*Gilton Almeida, consultor e empresário, graduado em Direito e Economia e filiado ao PMDB-MS)
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Postado por: Gilton de Almeida (*), 27 Janeiro 2013 às 13:28 - em: Falando Nisso