A Justiça não tem feito a lei valer 'para todos', afirma a PGR Raquel Dodge
MPF Twitter/ReproduçãoAo discursar na "Brazil Conference at Harvard & MIT", sábado, nos Estados Unidos, durante o painel "O legado da Lava Jato para combater a corrupção", a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, fez veemente defesa da prisão após condenação em segunda instância e afirmou que a Justiça brasileira "não é para todos", pois "costuma atingir muito rapidamente para os que não podem pagar por advogados, em geral pessoas pobres, presas em flagrante e que ficam encarceiradas por longos anos". "Todavia", prosseguiu, "a Justiça atinge, quando atinge, muito lentamente os que têm recursos financeiros para manter um processo aberto e interpor sucessivos recursos, que impedem uma condenacao definitiva, ou (impedem) a pena de ser cumprida". Conforme a BBC Brasil, questionada a respeito de novas discussões no Supremo sobre prisões após condenação em segunda instância, não mostrou preocupação: "Vejo isso com muita tranquilidade, porque o STF já se manifestou quatro vezes na mesma linha".
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Postado por: Marco Eusébio, 09 Abril 2018 às 15:30 - em: Principal