O vírus mutante da Covid 19, esse diabo que tenta jogar o planeta no inferno, instiga uma bateria de interrogações: as vacinas já desenvolvidas e outras em estágio de testes poderão enfrentar as novas cepas que estão surgindo, aqui e ali, sabendo-se que sua letalidade é bem maior que a do atual coronavírus? A Humanidade estará preparada para debelar pandemias mais intensas e cruéis, como preveem cientistas e patrocinadores da ciência, como Bill Gates? O fato é que o mundo está com medo, muito medo, e essa constatação, por si só, causa profunda marca na espécie humana. A marca da dor, do desalento, do descrédito nos governantes, da morte.
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Requerer uma Comissão Parlamentar de Inquérito é direito constitucional da minoria. No caso desta chamada "CPI da Pandemia", a sua instalação deve se constituir numa obrigação moral da maioria. Além disso, requerimentos para que comissões de investigação sejam instaladas devem se fundamentar em fato determinado. Neste caso, referimo-nos a fatos continuados
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Há pastores por todos os lados tentando juntar ovelhas que se dispersam na vastidão dos pastos do planeta. As tentativas acabam sendo inócuas, porque os animais não reconhecem a voz do pastor. Escondem-se em touceiras e perambulam de um lado a outro em sua vida nômade. A imagem cai bem no ciclo em que vive a Humanidade. Há políticos de todos os estilos, autoritários e demagogos, liberais e conservadores, populistas e articuladores. Mas a paisagem é árida quando se procura enxergar um perfil com lealdade moral, qualidade central em um estadista.
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O sociólogo chileno Carlos Matus, em seu ensaio Estratégias Políticas, define de maneira interessante os estilos de fazer política. O primeiro é o estilo chimpanzé, ancorado em projeto de poder pessoal, de rivalidade permanente, de hierarquização de forças. Cada protagonista luta para ser o mais forte, o mais poderoso. Luta-se pelo poder como fim, partido contra partido, com foco na micropolítica, longe dos interesses coletivos. O chimpanzé quer preservar sua manada, afastando para longe outros bandos de macacos.
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Crise, no ideograma japonês, tem o mesmo significado de oportunidade. Donde se extrai a ideia de que as crises deveriam abrir novos caminhos, oferecer soluções criativas aos problemas. Esta tem sido a lição de empreendedores, perfis de visão sobre os afazeres do cotidiano, principalmente no que se refere ao mundo dos negócios. Entre nós, é bastante propalado o ditado "azer do limão uma limonada", transformar o que é negativo em positivo, sair da tempestade para a bonança.
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A sociedade de massas está chegando ao seu fim, sob o rolo compressor das mudanças que ocorrem em todos os campos da vida humana. Mesmo se descobrindo, aqui e ali, casos de trabalho escravo, que lembram a era dos feudos, dos impérios e das colônias, com a opressão sobre seres humanos, os nossos tempos são marcados por defesa de direitos, maior autonomia individual e coletiva, aspiração de felicidade. O tacão dos colonizadores é substituído pela chama libertária. E a tendência é a de consolidação de uma comunidade política, onde os anônimos na multidão assumam suas identidades, sob a égide da igualdade.
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A malandragem que se credita ao DNA brasileiro tem sido usada intensamente nesses tempos de epidemia. Os casos são de arrepiar. Em Manaus, duas irmãs gêmeas, filhas de um empresário do ramo da educação, foram exoneradas da Prefeitura por suspeita de terem furado a fila da vacinação. Formadas em medicina no ano passado, nomeadas entre 18 e 19 de janeiro para trabalhar numa Unidade Básica de Saúde, foram as primeiras a receber as vacinas. No Rio de Janeiro, uma idosa de 97 anos foi enganada: a enfermeira foi flagrada pela cuidadora, que viu a agulha sem a dose da vacina no braço da mulher. A malandragem campeia.
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