Demócrito e Heráclito, dois grandes filósofos, tinham concepções diferentes sobre a condição humana. O primeiro ridicularizava a vida e o homem. Só aparecia em público com um ar arrogante e zombeteiro; o segundo, ao contrário, tinha compaixão pelo ser humano, demonstrando solidariedade com seu semblante sempre entristecido e os olhos marejados de lágrimas.
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No momento em que o Brasil entra de corpo e alma na folia carnavalesca, vêm à mente três seres que resumem o repertório de conceitos, mazelas e problemas que devastam as esferas da gestão, da política e da economia. São eles: a vaca, o vampiro e o Pinóquio. A vaca é a Grande Mãe, a deusa que, para o homem primitivo, se repartia nos rios, nas árvores, nos fenômenos naturais e que, entre nós, assume também a posição de entidade que encobre, abriga, defende, acalenta, aconchega. A vaca é o próprio Estado, que acaba oferecendo suas tetas para milhares de brasileiros sugarem o leite. Muitos até que merecem, pois são exemplos de bons profissionais. Bolsonaro tenta cortar o acesso dos políticos às tetas do bovino, mas a lei de São Francisco é mais forte.
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Pode um pai ou uma mãe amaldiçoar o próprio filho? Mesmo consciente do amor que sente por ele a ponto de dar a própria vida para salvá-lo? Amaldiçoá-lo de forma que dificulte ou até, em muitos casos, impeça seu crescimento pessoal, profissional, amoroso e familiar? Enfim, de prejudicá-lo por toda vida? A resposta, infelizmente, é SIM! E pior: Essa maldição nem sempre é consciente. É sutil, sorrateira. Se disfarça de "educação rigorosa", de "falar a verdade", ou simplesmente por que os pais não se dão conta do poder e da força das palavras dirigidas aos filhos não só em momentos de raiva, de explosão, mas no cotidiano, normal.
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O lamento do timoneiro Simon Bolívar, expresso há dois séculos, parece apropriado para explicar esses tempos tão conturbados: "não há boa fé na América, nem entre os homens nem entre as nações. Os tratados são papéis, as constituições não passam de livros, as eleições são batalhas, a liberdade é anarquia e a vida um tormento". O cotidiano nacional que o diga.
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O Brasil vai entrar 2020 ainda conflagrado em crise econômica, política e social. Fruto de uma polarização capitaneada por duas figuras que lideram pelo carisma, porém, com altíssima rejeição dos dois lados. No Brasil de hoje, não há corrente de opinião, o que há é corrente de contraposição.
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Há um ano, o ator José de Abreu se proclamou presidente do Brasil. Buscava assim ironizar Juan Guaidó, presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, que havia assumido como presidente interino daquele país após o ditador Nicolás Maduro ser considerado ilegítimo pela Assembleia. Passado um ano, José de Abreu anunciou que está de mudança. Foi satirizado por internautas porque não terá a Venezuela como destino. Irá para a Nova Zelândia, um paraíso liberal.
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Gaudêncio Torquato (*)
O respeito à liturgia
Postado: 10 Fevereiro 2020 às 16:30 - em: Falando Nisso
Cada governante com suas manias. Idi Amin, ditador de Uganda, dizia que conversava com Deus. Um jornalista jogou a pergunta: "quando"? Ele: "todas as vezes que se faz necessário". Um contador de lorotas. A história registra casos de governantes que se colocavam em pé de igualdade com Deus. Em Gana, os ganenses comparavam o ditador Nkrumah a Confúcio, Maomé, São Francisco de Assis e Napoleão. Ele é "imortal, nosso messias". Franco proclamava-se "Caudilho da Espanha pela graça de Deus".
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A arquitetura política no Brasil precisa de grande reformulação, a começar pelo reforço das identidades partidárias, hoje esgarçadas como pano roto imprestável. Partidos abandonaram seus programas iniciais, arrastados pela débâcle das ideologias, cujo marco foi a derrubada do Muro de Berlim.
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É interessante o "Efeito LGPD" (Lei Geral de Proteção de Dados) que estamos presenciando no Brasil. Com a proximidade de sua implantação – ou da iminência de um adiamento por parte dos poderes Executivo e Legislativo –, ainda lidamos com diferentes visões e pouca assertividade geral acerca da relevância de sua vigência.
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