A foice da morte, que circula no planeta desde o início da pandemia, estendeu seu arco nos últimos dias, com a invasão da Ucrânia pela Rússia. Que iniciou uma guerra desvairada, mobilizando gigantesco comboio de tanques, aviões de transporte balístico, navios com mísseis, 200 mil soldados, sob um grave alerta de forças nucleares.
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Nos últimos e perturbadores dias, o noticiário sobre a guerra movida contra a Ucrânia pela Rússia tem ocupado, com razão, quase todos os espaços da mídia, relegando a pandemia de Covid-19 a menções secundárias, quando ela ainda é uma presença muito grave entre nós, com média móvel de mortalidade na casa de 500 pessoas por dia no Brasil.
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Mensurar o índice de racionalidade no discurso político é tarefa para pesquisadores pacientes. No nosso caso, por falta de conhecimento – ausência de dados e pesquisas – mas, sobretudo, por falta de paciência, tendemos a achar que, a cada pleito, são mínimas as doses de adubo na lavoura da racionalidade, sob a capenga modelagem de um sistema educacional que mantém os bovinos no curral.
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O dia 24 de fevereiro marca os 90 anos da conquista, pelas mulheres brasileiras, do direito de votar e serem votadas. Fruto de uma longa mobilização em grande parte ignorada pela história, o marco assinala também a criação, por decretos do Governo Vargas, do Código Eleitoral de 1932 e da Justiça Eleitoral, e a instituição do voto secreto.
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A cada estação do ano, o Brasil ganha um carimbo. Neste momento, a marca aponta para cerca de 650 mil mortos da pandemia, quase 30 milhões de contaminados e mais de 130 mortos na tragédia de Petrópolis, RJ. As intempéries do ciclo de chuvas, crateras, devastação e mortes, típicos dos meses de janeiro e fevereiro na região Sudeste, cedem lugar à descontração, por ocasião do período carnavalesco, na cabal demonstração de que o slogan pátrio nunca foi ordem e progresso, mas o eterno recomeço que a ampulheta do tempo, vira e mexe, impõe como o nosso conceito de devir.
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O não está presente na história da humanidade desde o princípio. Começa quando Javé – ou Jeová, o deus bíblico do Antigo Testamento – diz para Adão: “Você pode comer de todas as árvores do jardim. Mas não pode comer da árvore do conhecimento do bem e do mal, porque o dia em que dela comer, com certeza, você morrerá” (Gênesis, 2:16-8). Preliminarmente, essa passagem da Bíblia me parece uma incongruência, porque desde o início dos tempos se morre, portanto, a morte não é nenhum castigo e todos vamos morrer. E esse não que foi desobedecido ficou marcado como a origem do “pecado original”, um termo postulado por Santo Agostinho e veementemente contestado pelo monge bretão Pelágio, que por esse motivo acabou sendo excomungado da Igreja.
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