O pior de todos os atos promovidos por “líderes” de “movimentos” virtuais – sem quaisquer características de se observarem coletivos organizados, mas perigosamente monocráticos, individuais – foi o protagonizado por um grupo de duas mil e quinhentas pessoas que encerraram sua passeata no centro do Rio, diante de um quartel-general do Exército, implorando a “volta dos militares” ao poder. É, no mínimo, um verdadeiro atentado à memória das centenas deram a vida, que foram mortos por pensarem diferentes dos que na época governavam com a baioneta.
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Causa estranheza a decisão unilateral do atual governo do estado de mudar a data do Festival América do Sul da última semana de abril para a primeira de junho, mês em que acontece a Festa do Banho do São João, invariavelmente na segunda quinzena. Não é preciso ser técnico em eventos para antever que essa péssima coincidência prejudicará, em primeiro lugar, a cultura popular e os agentes culturais de Corumbá, município-sede do festival e referência no tradicional festejo junino. Tal gesto vem denunciar a indiferença com que os três últimos mandatos do Executivo estadual com a cultura regional emanada do Pantanal transfronteiriço (leia-se Corumbá e fronteiras).
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Nós, brasileiros, somos capazes de sonegar meio trilhão de reais de Imposto de Renda só no ano passado. Como somos capazes de vender e comprar DVDs piratas, cuspir no chão, desrespeitar o sinal vermelho, andar pelo acostamento e, ainda por cima, votar no Collor, no Maluf, no Newtão Cardoso, na Roseana, no Marconi Perillo ou no Palocci. O panelaço nas varandas gourmet de ontem não foi contra a corrupção.
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O próximo dia 15 de março poderá mudar o futuro dos País. Mas não se iludam. Haverá ao longo da semana tentativas (espero que inúteis) para esvaziar as ruas e confundir os propósitos legítimos da maioria. O PT e o movimento sindical mais atrelado ao lulismo, por exemplo, estão convocando suas massas para protestos em “defesa da Petrobras” no dia 13, em São Paulo. É o diversionismo canhestro para desarmar as expectativas. O papai Lula vai comandar essa festa. Para alguns será provocação, para outros, uma forma de mostrar que as esquerdas e seus partidos não são cartas fora do baralho.
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Tão logo tome conhecimento da ofensa, você deve dirigir-se ao Cartório e, diante do Tabelião, acessar a página contendo o conteúdo ofensivo e demonstrar a este a sua repercussão. Depois disso, ciente de toda a situação, o Tabelião registrará todo o ocorrido em livro próprio, bem como colacionará ao mesmo impressões da página contendo tal conteúdo. Desta forma, pouco importará se o ofensor apagar o comentário ofensivo.
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O prefeito Olarte entrou no jogo: anunciou que fará novas licitações para contratar empreiteiras que executam os serviços de tapa-buraco em Campo Grande. Há quase um mês ele vem sendo objeto de pancadaria da imprensa e da população por causa das imagens divulgadas que mostravam funcionários de empresas de pavimentação tapando buracos inexistentes nas ruas da cidade. O assunto pegou e rendeu inclusive pauta nacional. Nesse meio tempo, o prefeito tergiversou, foi ameaçado com uma CPI, sentiu o cheiro de enxofre, e, no fim de semana, fez o público saber que começará tudo de novo, abrindo licitações para tentar renovar a lista dos prestadores de serviços. Nas linhas subliminares da decisão Olarte vem a sutil indicação publicitária de renovação total desse departamento. Vai dar certo ? Tem-se que pagar para ver. Até as antas do Parque das Nações sabem que existe forte odor de propinagem nesta modalidade de obras públicas.
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Essa é a vida. É um direito legítimo de qualquer cidadão manifestar expressamente o que pensa do governante de plantão. Não se trata de tentar passar uma rasteira nas regras democráticas. Gritar pelo impeachment é simplesmente colocar na roda algo que está inscrito na Constituição e nas leis. Tecnicamente tudo é possível, mas tirar um mandatário do poder é uma decisão política. O Congresso é o dono da bola e o judiciário arbitra os lances da partida.
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Este será o maior — e mais repleto de significado — carnaval de todos os tempos. Carnaval significa “adeus à carne” (carnis levale no latim) e a festividade foi agregada pela cultura cristã como comemoração que antecedia a quaresma. Simbolizava a despedida de uma época de fartura para o ingresso em um período de jejum e abstinência. Esta indulgência apaziguava as consciências pelos excessos de hedonismo cometidos neste período, pois nos quarenta dias seguintes as privações da carne (seja enquanto alimento, seja enquanto corpo) deveriam ser respeitadas e guardadas.
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