Na manifestação do dia 15, na praça do Rádio, a turma que levantava cartazes pela intervenção militar no País era um pequeno borrão no colorido geral. Não pela quantidade de pessoas (que era ínfimo), mas pela indiferença com que eles eram tratados. Fiquei curioso e fui conversar com os defensores dessa bandeira maluca. Perguntei a eles se conclamar os militares para o jogo político não seria um despropósito. O que ouvi como resposta foi o seguinte: “Queremos os militares de volta porque o PT não deixará o poder pelo processo democrático; eles se incrustaram organicamente na máquina do Estado e estruturaram um modus operandi para comprar votos dos pobres e ignorantes usando dinheiro da corrupção; com eleição, eles não saem, só com intervenção temporária das Forças Armadas”. Esse é o argumento fechado desses caras. Tremi. Lembrei-me do filme “O ovo da serpente”, de Bergman.
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O pior de todos os atos promovidos por “líderes” de “movimentos” virtuais – sem quaisquer características de se observarem coletivos organizados, mas perigosamente monocráticos, individuais – foi o protagonizado por um grupo de duas mil e quinhentas pessoas que encerraram sua passeata no centro do Rio, diante de um quartel-general do Exército, implorando a “volta dos militares” ao poder. É, no mínimo, um verdadeiro atentado à memória das centenas deram a vida, que foram mortos por pensarem diferentes dos que na época governavam com a baioneta.
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Causa estranheza a decisão unilateral do atual governo do estado de mudar a data do Festival América do Sul da última semana de abril para a primeira de junho, mês em que acontece a Festa do Banho do São João, invariavelmente na segunda quinzena. Não é preciso ser técnico em eventos para antever que essa péssima coincidência prejudicará, em primeiro lugar, a cultura popular e os agentes culturais de Corumbá, município-sede do festival e referência no tradicional festejo junino. Tal gesto vem denunciar a indiferença com que os três últimos mandatos do Executivo estadual com a cultura regional emanada do Pantanal transfronteiriço (leia-se Corumbá e fronteiras).
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Nós, brasileiros, somos capazes de sonegar meio trilhão de reais de Imposto de Renda só no ano passado. Como somos capazes de vender e comprar DVDs piratas, cuspir no chão, desrespeitar o sinal vermelho, andar pelo acostamento e, ainda por cima, votar no Collor, no Maluf, no Newtão Cardoso, na Roseana, no Marconi Perillo ou no Palocci. O panelaço nas varandas gourmet de ontem não foi contra a corrupção.
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O próximo dia 15 de março poderá mudar o futuro dos País. Mas não se iludam. Haverá ao longo da semana tentativas (espero que inúteis) para esvaziar as ruas e confundir os propósitos legítimos da maioria. O PT e o movimento sindical mais atrelado ao lulismo, por exemplo, estão convocando suas massas para protestos em “defesa da Petrobras” no dia 13, em São Paulo. É o diversionismo canhestro para desarmar as expectativas. O papai Lula vai comandar essa festa. Para alguns será provocação, para outros, uma forma de mostrar que as esquerdas e seus partidos não são cartas fora do baralho.
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Tão logo tome conhecimento da ofensa, você deve dirigir-se ao Cartório e, diante do Tabelião, acessar a página contendo o conteúdo ofensivo e demonstrar a este a sua repercussão. Depois disso, ciente de toda a situação, o Tabelião registrará todo o ocorrido em livro próprio, bem como colacionará ao mesmo impressões da página contendo tal conteúdo. Desta forma, pouco importará se o ofensor apagar o comentário ofensivo.
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O prefeito Olarte entrou no jogo: anunciou que fará novas licitações para contratar empreiteiras que executam os serviços de tapa-buraco em Campo Grande. Há quase um mês ele vem sendo objeto de pancadaria da imprensa e da população por causa das imagens divulgadas que mostravam funcionários de empresas de pavimentação tapando buracos inexistentes nas ruas da cidade. O assunto pegou e rendeu inclusive pauta nacional. Nesse meio tempo, o prefeito tergiversou, foi ameaçado com uma CPI, sentiu o cheiro de enxofre, e, no fim de semana, fez o público saber que começará tudo de novo, abrindo licitações para tentar renovar a lista dos prestadores de serviços. Nas linhas subliminares da decisão Olarte vem a sutil indicação publicitária de renovação total desse departamento. Vai dar certo ? Tem-se que pagar para ver. Até as antas do Parque das Nações sabem que existe forte odor de propinagem nesta modalidade de obras públicas.
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