A culpa é dos outros – A atual administração municipal adotou uma política contra as greves: descobrir quem ganha bem! Sim, ninguém quer negociar de verdade, apenas descobrir quem ganha bem. Na greve dos médicos, saíram atacando com lista de “supersalários”. Na greve dos professores, criaram uma equipe para investigar cada salário, cada benefício e saem publicando, na imprensa local, que os “monstros” professores querem mais dinheiro, sendo que alguns ganham até R$ 17 mil.
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Há algumas semanas a Câmara dos Deputados vem discutindo algumas emendas da reforma política (PEC 182/2007). Um dos pontos discutido e derrubado na semana passada foi a coincidência das eleições, ou seja, a ideia de se realizar em apenas um pleito a votação para vereador, prefeito, deputado estadual, deputado federal, senador, governador e presidente da República. O Brasil já passou por uma experiência de eleição unificada, foi no ano de 1982, período final da trágica ditadura militar, quando os eleitores retomaram o direito ao voto para governador, após 16 anos de impedimento.
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Nos parece fora de dúvida que a utilização de imagens de Cristo em situações como a ocorridas na última Parada Gay, em São Paulo, é de extremo mal gosto, reprovada, inclusive, por considerável parte da comunidade LGTB. Mas se sua intenção era chocar, ela atingiu plenamente o seu objetivo, especialmente em razão da reação desproporcional havida por alguns setores da sociedade. Foi surreal, na verdade, mesmo para olhares acostumados a observar a paisagem brasileira, observar a Câmara dos Deputados, por meio de alguns integrantes da sua chamada bancada cristã, protestar contra este ato. Lembra o episódio de Maria Madalena, com a exceção de que neste caso jogaram as pedras.
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O Brasil tem hoje cerca de 500 mil presos, a 4ª maior população carcerária do mundo. Só perde para os Estados Unidos (2,2 milhões), China (1,6 milhões) e Rússia (740 mil). Levantamento feito pela Unicef revela que nos EUA adolescentes foram submetidos a penas previstas para adultos. Os jovens que permaneceram em penitenciárias voltaram a cometer ato infracional quando foram colocados em liberdade.
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Domingo presenciei uma cena emblemática em um desses hipermercados meio shopping de Campo Grande. Na porta de uma lojinha de O Boticário, duas senhoras, vestidas até os pés, com cabelo enormes, claramente evangélicas, faziam o sinal de negativo com a cabeça e comentavam entre si: “Eu gostava desses perfumes, mas, e a propaganda, com homem com homem e mulher com mulher é uma vergonha”, diziam.
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O carnaval inspirava um grande desejo de liberdade, representado pelas modelos que desfilavam em carros alegóricos praticamente, nuas, sem qualquer proteção de uma fantasia. De lá para cá, a sociedade vem passando por alterações e o carnaval, por sua vez, vem seguindo a mesma sorte. O expectador dessa festa perdeu o encanto pelo carnaval “televisionado”, típico da década de 80/90, onde a atração era passar horas assistindo aos passistas desfilar pelas escolas de samba- algo que se tornou monótono e tedioso. A sociedade está desejosa que o carnaval seja curtido de outro modo: que ele seja brincado na rua, de forma espontânea, inclusive, sem a regência de uma banda específica.
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Para a imensa maioria, movimento grevista em setores importantes do dia a dia só aumenta o estoque de desgraças presente e futura. A rigor, greve na iniciativa privada é um problema exclusivo do empresário; no setor público é uma questão da sociedade, que envolve a discussão sobre até que ponto ela está disposta a ficar atirando em seu próprio pé. As greves atuais de médicos e professores que estamos presenciando são justas ou não? Depende do lado que se está.
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Na bela retrospectiva dos grandes feitos empresariais da vida de Jorge Elias Zahran – o seu Jorge, como bem dito por Cláudia Gaigher – no dia de sua morte, faltou seu mais importante legado: na área empresarial é dele também o mérito não apenas pela consolidação da TV Morena como empresa, mas, principalmente, do conceito do jornalismo feito nas emissoras da Rede Mato-grossense de Rádio e Televisão, indiscutivelmente o melhor do Estado.
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A imprensa precisou aprender a investigar crimes complexos (mensalão, Lava-Jato etc), com muitos personagens envolvidos, sempre se respaldando nas informações técnicas do Ministério Público, Polícia Federal, Gaeco e STF, até para se proteger da indústria de ações por danos morais. Mais importante: aprendeu a construir narrativas para facilitar o entendimento dos crimes perpetrados por moradores de altas esferas do poder. Desenho todo cenário para entrar no assunto local: comentar a reportagem-bomba do “Fantástico”, na semana passada, envolvendo o prefeito de Campo Grande, com a cobertura subsequente da TV Morena. Não se fala de outra coisa na cidade.
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