Temos a tendência de dizer que os jovens não gostam de política. Será verdade? Desconfio que não. Os jovens não são sujeitos isolados do restante da sociedade. E, se a sociedade tem sido solo para o germe de um sentimento de descrença na política, é natural que os jovens também reflitam este sentimento. Mas, isso significa que a juventude rejeita a política?
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O Brasil passou por um dos momentos mais importantes de sua história no último domingo, quando o plenário da Câmara dos Deputados aprovou a abertura do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff por crime de responsabilidade. Trata-se de um momento ímpar para a nação, pois é fruto do clamor das ruas, da indignação popular contra os descaminhos da corrupção, em busca de um Brasil mais ético. Observo os acontecimentos com uma mistura de preocupação e esperança.
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A política domina a cena. É o assunto totalizante. Ele está grudado na nossa pele. Não conseguimos pensar em mais nada. A noção de espaço público ocupa nossa mente, dia e noite. Não há brecha para sensações interiores, lances astrais, romances transcendentais. Parece que alguma coisa estranha grudou em nossa pele. Em todos os lugares, a fala é monocromática. Você olha para uma pessoa, ela parece suplicar: vai ter impeachment? Tem alguma notícia nova? O Supremo decidiu? O Moro prendeu alguém? O Renan pulou fora?
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“Crime e Castigo” cruzou séculos como uma das maiores obras literárias da história, inspirando estudos filosóficos e comportamentais até os dias de hoje. Escrito em 1866 pelo russo Fiódor Dostoiévski, o livro conta a história de um jovem estudante que, mergulhado em suas próprias teorias, imagina existir uma casta de pessoas extraordinárias, na qual se inseria (obviamente), e que estariam, exatamente por conta de suas predestinações, acima da lei e imunes aos crimes que praticassem em nome de um bem maior.
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Uma pequena mudança nas tendências da opinião pública registrada pela pesquisa Datafolha, divulgada no domingo, certamente deve dar algum fôlego ao movimento contra o impeachment de Dilma Rousseff. Não que os números favoráveis sejam expressivos, pois a grande maioria que vê-la fora do poder, mas sabe-se que qualquer modificação na sensibilidade das pessoas, apesar das margens de erro, indica movimentos tectônicos no centro político do País. Talvez um fato surpreendente modifique tudo, arraste ou salve o Governo. Teremos uma semana em que as emoções estarão vulcanizadas de uma forma como nunca vimos.
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R$ 200 bilhões! Esse é o número da Organização das Nações Unidas que nos dá conta (de modo aproximado, talvez subestimado) do prejuízo que sofremos, anualmente, no Brasil, com a grande corrupção. Trata-se de um assalto gigantesco aos cofres públicos viabilizado por poderosas relações de compadrio entre agentes públicos e empresários que fazem de tudo para obter do Estado, de forma ilegal, secreta e imoral, os mais variados favores e privilégios.
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Fala-se muito que a decisão do impedimento da Presidente é uma decisão unicamente POLÍTICA. Tenho visto pessoas esclarecidas, inclusive da área do direito, repetirem isso. Não meus amigos, não trata-se de uma decisão exclusivamente política. O fato da Constituição ter atribuído ao Congresso Nacional as decisões de cunho político, não significa que o STF, caso seja provocado, esteja impedido de analisar os preceitos jurídicos que embasam o mérito do processo. Como disse o Ministro Marco Aurélio em entrevista ao programa Roda Viva, "o impeachment é uma decisão política e a um só tempo JURÍDICA". Considerando que o instituto do IMPEACHMENT é formado por uma mescla de fatores políticos e jurídicos, não seria correto retirar do STF a possibilidade de exame do mérito para emitir-se uma decisão que possa estabilizar juridicamente o processo. Seria errado dizer que o mérito do processo não possa ser levado ao crivo da Suprema Corte antes ou depois da votação no Plenário da Câmara, este sim um sufrágio meramente POLÍTICO.
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Rodo a moviola mental e tento me lembrar onde me encontrava quando o impeachment de Collor entrou na pauta do dia. Não adianta: poucas imagens ficaram na memória. Esfrego minhas retinas cansadas: a capa da Veja com a entrevista de Pedro Collor. A foto de José Dirceu com punhos cerrados na Folha de São Paulo. As manifestações de rua dos caras-pintadas sob o comando de Lindberg Farias. O susto da população com as cascatas da Casa da Dinda. As revelações do motorista Eriberto França. O golpe de mestre de Renan Calheiros. A cara de jagunço de PC. Enfim, pouca coisa, alguns flashes, sombras esparsas.
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A sociedade brasileira passa por um momento político/ético turbulento refletido também pela crise econômica por que passamos, onde a construção do “discurso” eu contra eles tem causado uma intolerância comportamental e didática nefasta ao salutar debate de ideias divergentes que pauta os regimes democráticos .
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