Policiais militares ambientais de Dourados e um subtenente da Cavalaria da PM impediram uma jovem de cometer suicídio hoje de manhã em um parque vizinho aos quarteis, em frente ao shopping de Dourados.

Neste Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) alertam que mais de um milhão de casos são registrados por ano no mundo, ultrapassando 14 mil casos no Brasil, sem contar as subnotificações, e têm aumentado entre jovens. Para qualificar multiplicadores a lidarem com o problema, o site UniverSUS Brasil oferece cursos à distância para abordagem de adolescentes no combate ao suicídio e à automutilação.

Avisados que um jovem, portando uma faca, tentava cruzar insistentemente na frente dos veículos que passavam na Rodovia MS-419 em Rio Negro, policiais militares ambientais conseguiram dissuadir o rapaz de 21 anos de se matar alegando que não conseguia trabalho.

Morreu aos 49 anos com um tiro na cabeça neste domingo em Campo Grande o empresário Carlos Eduardo Longo de Faria, o "Cacá", dono da Rádio FM Capital e diretor do Grupo FM Capital que tem cinco emissoras de rádio em Mato Grosso do Sul.

Em pleno agravamento da pandemia de covid-19 no Brasil com recordes de mortes e hospitais lotados, o presidente Jair Bolsonaro voltou a usar ontem sua live semanal nas redes sociais para atacar as políticas de isolamento social dos estados para tentar conter o contágio da doença e riu ao dizer que não errou "nenhuma" de suas previsões, ao mostrar uma notícia do jornal paranaense Gazeta do Povo sobre suposto aumento dos casos de depressão e suicídio entre jovens na pandemia. "Pode sorrir, Tarcísio, pode sorrir, não tem problema não. A coisa é séria, pessoal. Gazeta do Povo: 'Depressão e suicídio entre jovens aumentam durante a pandemia'. O pessoal fala que eu tinha bola de cristal. Eu não tinha. Só não sou tão burro quanto aqueles que me criticam", disse rindo o presidente, ao lado do ministro Tarcísio Gomes (Infraestrutura).

A revista Veja publicou neste domingo no Twitter nota repudiando uma polêmica declaração de seu colunista Ricardo Noblat, que postou na rede social link de um artigo de Ruy Castro, na Folha de S.Paulo, intitulado "Saída para Trump: matar-se", e escreveu: "Se Trump optar pelo suicídio, Bolsonaro deveria imitá-lo. Mas para que esperar pela derrota na eleição? Por que não fazer isso hoje, já, agora, neste momento? Para o bem do Brasil, nenhum minuto sem Bolsonaro será cedo demais."

"VEJA repudia com veemência a declaração do colunista Ricardo Noblat, publicada em seu Twitter, de que o presidente Jair Bolsonaro deveria 'imitar' Donald Trump caso ele 'opte pelo suicídio'. Não achamos que esse tipo de opinião contribua em nada para a análise política do país" escreveu o perfil oficial da revista. 

Após a repercussão, Noblat apagou a postagem na rede social (printada na imagem acima) e disse que apenas compartilhou o artigo como parte de um "clipping diário da mídia" que costuma fazer, e desejou "vida longa" para Bolsonaro, "para que ele possa colher o que plantou".

Também no Twitter, o ministro André Mendonça (Justiça) afirmou que vai pedir abertura de inquérito policial contra dois jornalistas que "instigaram" os presidentes "a suicidar-se". Sem citar nomes, referiu-se a Noblat e a Ruy Castro, que escreveu o artigo na Folha sugerindo a Trump o suicídio e dizendo que Bolsonaro poderia imitar, comparando a situação dos dois a de Getúlio Vargas, ex-presidente do Brasil que se matou em 1954 diante de uma crise política.

Projeto que obriga estabelecimentos de ensino e de saúde públicos e privados de Mato Grosso do Sul a notificarem às autoridades, sob sigilo, casos de violência autoprovocada, automutilação e tentativa de suicídio, foi aprovado hoje pela Assembleia e agora depende de sanção do governador Reinaldo Azambuja para entrar em vigor. Autor da lei, o deputado estadual Marçal Filho (ambos do PSDB) cita dados da Secretaria de Estado de Saúde (SES) que apontam que 263 pessoas morreram no ano passado em MS por atentarem contra a própria vida e outras 3.370 foram atendidas em unidades de saúde por tentativa de suicídio. No entanto, como muita gente evita falar do assunto por ser ainda um "tabu", a subnotificação e os casos de tentativas de suicídio podem ser bem maiores. "O silêncio mata", diz Marçal. "É importante reconhecer quando a pessoa precisa de ajuda", alerta o deputado, que também foi autor de lei que obriga o poder público a colocar em locais de grande circulação, cartazes com o número 188, do Centro de Valorização da Vida (CVV), para onde as pessoas podem ligar gratuitamente e obter apoio emocional.