Com os votos dos ministros Cristiano Zanin e Luís Roberto Barroso, o Supremo formou um placar de 4 a 2 contra a tese do marco temporal das terras indígenas, que vai determinar o futuro de mais 300 territórios ocupados por povos originários em todo o País.

O governador Eduardo Riedel falou em "evitar conflitos" e "garantir o cumprimento da lei", após receber receber visita da senadora Tereza Cristina, da bancada ruralista, e do presidente do sistema Famasul, Marcelo Bertoni, na Governadoria, para tratar sobre as ameaças de ocupações em propriedades rurais em Mato Grosso do Sul. 

O Sindicato Rural de Campo Grande, Rochedo e Corguinho começa a receber demandas de produtores rurais interessados na comercialização de crédito de carbono, a partir deste mês de novembro. “Uma propriedade, que se dedica à pecuária de corte, pode faturar até US$ 100 por hectare”, diz o presidente do sindicato, Alessandro Coelho.

O produtor rural e advogado Alessandro Oliva Coelho foi reeleito, por unanimidade, presidente do Sindicato Rural de Campo Grande, Rochedo e Corguinho (SRCG). 

Campo Grande ganhou sua Delegacia Especializada de Combate à Crimes Rurais e Abigeato (Deleagro) para reforçar o combate ao roubo e furto de gado e outros crimes nas áreas rurais. Ao inaugurar a Deleagro, o governador Reinaldo Azambuja, que é produtor rural, disse que em breve a Polícia Militar vai receber nova estrutura e será criada uma rede de inteligência para monitorar quadrilhas que cometem crimes em fazendas. 

O governo federal publicou hoje no Diário Oficial a nomeação do delegado da Polícia Federal Marcelo Augusto Xavier da Silva para o cargo de presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), que voltou a ser vinculada ao Ministério da Justiça. O delegado exerceu o cargo de assessor especial do ministro Carlos Marun, quando este chefiou a Secretaria de Governo da gestão de Michel Temer, e no governo Bolsonaro, atuou como assessor do secretário de Assuntos Fundiários, Luiz Nabhan Garcia, presidente licenciado da União Democrática Ruralista (UDR). Xavier substitui o general Franklimberg Ribeiro de Freitas, que deixou o cargo em junho, sob pressão pressão de ruralistas. Conforme o Estadão, o novo chefe do órgão agrada a bancada ruralista. Ele apoiou os parlamentares durante a CPI da Funai em 2016. Em 2017, lembra o Estadão, Xavier pediu à PF "providências persecutórias" contra indígenas e ONGs em Mato Grosso do Sul que tentassem invadir áreas rurais em litígios com os povos Guarani Kaiowá.

Sobre a possível fusão do Ministério da Agricultura com o do Meio Ambiente, "existe a possibilidade dos dois ministérios seguirem separados como existe a possibilidade de existir uma fusão. Não há nada definido", afirmou à imprensa o presidente da União Democrática Ruralista (UDR), Luiz Antônio Nabhan Garcia, após visitar na noite anterior Jair Bolsonaro. Amigo do presidente eleito há décadas, o ruralista disse que Bolsonaro vai ouvir segmentos e instituições. Nabhan indicou ao futuro presidente o nome do ex-deputado federal e engenheiro agrônomo Xico Graziano, que deixou o PSDB durante a campanha para declarar voto no capitão. Hoje, em coletiva à imprensa, Bolsonaro admitiu que está "pronto para voltar atrás se for o caso", mas lembrou que quem nomeará os ministros são ele, e não aceitará "pressão de ONGs, e nem um trabalho xiíta voltado ao meio ambiente".

TEREZA CRISTINA Presidente da FPA”

Bolsonaro e Tereza postaram no Twitter informações e vídeo do encontro.

O colégio de líderes da Câmara decide decide amanhã se vota requerimento de urgência para acelerar a tramitação do Projeto de Lei 9604/2018 que inclui as invasões de imóveis rurais promovidas por movimentos como o MST e urbanos, por movimentos como o MTST, na Lei Antiterrorismo, aprovada em 2016 contra eventuais ataques durante a Copa do Mundo e as Olímpiadas no Brasil, que prevê penas de 12 a 30 anos de prisão, diz Lauro Jardim em blog no O Globo. Autor da proposta, o deputado Jerônimo Goergen (PP-RS) diz que a intenção é punir o "abuso do direito de articulação de movimentos sociais" na ocupações de imóveis com "a finalidade de provocar terror social ou generalizado".  Se a urgência for aprovada, o projeto defendido pela bancada ruralista não precisará passar pelas comissões temáticas e será votado direto no plenário da Câmara, para depois seguir ao Senado.