Representantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) em Mato Grosso do Sul se reuniram na sede do Incra-MS, em Campo Grande, com representantes de órgãos federais e apresentaram suas reivindicações ontem, como parte de encontros realizados em todo o país em alusão ao dia da soberania alimentar. Em alguns estados houve protestos com cobranças ao governo Lula.
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A presença de André Puccinelli (PMDB) chamou a atenção em meio a lideranças de esquerda como o deputado federal Dagoberto Nogueira (PDT) e o deputado estadual Amarildo Cruz (PT) no encontro promovido hoje em Campo Grande pela Frente Nacional de Lutas (FNL), comandada por José Rainha (ex-líder do MST), com o presidente nacional do Incra, Leonardo Góes Silva, visando a retomada da reforma agrária em MS.
A mesa do ato foi eclética, não apenas pela presença do ex-governador que, aliado de Temer, tem influência no comando regional do Incra. O ato também contou com a presença do líder do governo na Assembleia, deputado Rinaldo Modesto (PSDB); e de Alisson Lopes, representante a vice-governadora tucana Rose Modesto. Como tem afirmado o líder dos sem-terra, "não se faz reforma agrária com ideologia e partido, mas com o povo" (leia mais aqui). "Quanto mais gente juntar nesse projeto, mais chance tem de ser vitorioso", acrescenta José Rainha.
Embora num reduto inclinado à esquerda, não teve vaias ao ex-governador. Pelo contrário. Foram muitos aplausos e gente pedindo para tirar fotos ao lado de Puccinelli. Convidado a discursar, André declarou que, "como cidadão", estava ali apenas para dizer que vai se empenhar junto aos deputados federais para liberar recursos para que o Incra possa fazer a reforma agrária no estado. Por fim, recebeu até declaração de voto de liderança de um dos grupos de acampados presentes à sede do Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol-MS), caso volte a disputar o cargo de governador.
