Neste dia em que se comemora o Dia do Servidor Público, o governador Reinaldo Azambuja anunciou que enviará à Assembleia na semana que vem projeto que trata da concessão de benefícios ao funcionalismo estadual e aponta para a possibilidade de reajuste dos salários a partir de janeiro de 2022. “É um projeto de uma revisão geral, de mudanças de algumas categorias e carreiras, atualizações, e isso é importante porque dá uma dinâmica, é o servidor que toca todas as entregas do governo de Mato Grosso do Sul”, declarou.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), se reuniu hoje com líderes de bancadas para articular a manutenção do veto do presidente Jair Bolsonaro ao reajuste de salários de servidores dos estados e municípios até o fim de 2022 em contrapartida ao socorro de R$ 60 bilhões da União em época de pandemia de covid-19. Rejeitado pelo Senado por 42 votos a 30, o veto precisa ser aprovado hoje pela Câmara para ser mantido. Depois do encontro, Maia disse à imprensa que "é muito importante" a manutenção do veto, para "atender a estados, atender a municípios, atender à sociedade, mas tudo dentro do equilíbrio fiscal". O presidente da Câmara afirmou que o congelamento de salários não é contra os servidores, mas em defesa do país. "Não dá para que o setor público não dê a sua contribuição", declarou. "Não podemos entender que o sofrimento do setor privado não tenha que ter o mínimo de sacrifício do setor público", emendou. Maia, entretanto, lamentou as críticas do ministro Paulo Guedes (Economia) ao Senado pela derrubada do veto e defendeu a liberdade do voto de cada senador: "Não nos ajuda o ministro da Economia atacar o Senado. Isso, inclusive, atrapalha e pode contaminar o nosso processo de votação".

Sob pressão da mobilização de várias categorias do funcionalismo, deputados e senadores derrubaram a proibição de reajuste salarial e concurso público para servidores públicos no ano que vem – que havia sido aprovada horas antes em comissão – durante votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) na madrugada de hoje. A LDO, base para o governo elaborar o Orçamento da União do ano seguinte, segue agora à sanção presidencial. Com sua aprovação, o Congresso poderá entrar em recesso a partir de quarta-feira, dia 18. O retorno aos trabalhos é previsto para 1º de agosto.

O governo vai congelar por um ano o reajuste dos servidores federais. A decisão, conforme o blog do jornalista Lauro Jardim em O Globo, foi tomada na longa reunião de ontem de Michel Temer e sua equipe econômica quando ficou também definido o anúncio da nova meta fiscal. "Portanto, previsto para janeiro, o aumento só será dado em janeiro de 2019 – se, claro, Temer não voltar atrás no que foi definido na reunião", diz Jardim. Entre as categorias afetadas, auditores da Receita e do Trabalho, diplomatas e médicos peritos da Previdência. A economia prevista é de R$ 11 bilhões no ano. "A ideia de não dar o reajuste já vinha estudada pela equipe econômica desde o mês passado", acrescenta.