A Polícia Federal deflagrou hoje a Operação Yaguara, contra a caça ilegal de onça-pintada e a biopirataria no Pantanal, cumprindo quatro mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça Federal de Corumbá (MS).

Um projeto que prevê a indenização de fazendeiros que tiverem animais abatidos por onças foi protocolado na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (Alems). Autor da proposta, o deputado João Henrique (PL) alega que a medida evitaria o abate de felinos por criadores para defender seus animais no Pantanal e em outras regiões do estado.

Em Campo Grande, a onça parda que vive há seis anos no Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (CRAS) foi levada para um check-up completo no hospital veterinário da Universidade Católica Dom Bosco (UCDB) ontem para tentar descobrir as causas da perda de peso e apatia do animal. O médico-veterinário do CRAS, Lucas Cazati, diz que a onça tem prolongado o período de jejum entre uma refeição e outra. "É comum um animal desse porte ficar alguns dias sem comer, após se alimentar. Porém, essa onça está apática, não está comendo e perdeu muito peso em pouco tempo. Precisamos descobrir a causa", afirmou. Conforme o Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV-MS), que também participa da ação coordenada pela Comissão Estadual de Animais Silvestres (CEAS), o diagnóstico deve sair nos próximos dias.

Um homem de 58 anos foi salvo por seus cinco cachorros ao ser atacado por uma onça-pintada em uma fazenda de Porto Murtinho, 440 km distante de Campo Grande, no domingo. O homem levou uma mordida e um "tapa" do felino nas costas, foi levado a um hospital da região, medicado e liberado no mesmo dia. Ele contou aos Bombeiros que foi verificar a origem de um mau cheiro na mata e acabou atacado pela onça que defendia a carcaça de uma presa. Os cães que estavam com ele começaram a latir e o felino fugiu. O coronel Queiroz, da Polícia Militar Ambiental (PMA), disse ao G1 MS que já foram registrados outros dois casos em que funcionários de fazenda foram verificar mau cheiro na mata e foram atacados por onças. "Onça-pintada não encara um ser humano adulto como uma presa, ela tende a se afastar, mas para defender seu alimento ou seus filhotes ela pode atacar", afirmou. O advogado Leonardo Duarte, presidente da ONG Panthera, disse que a onça pode ter visto nos cães uma "concorrência" e defendeu sua caça. "As onças costumam ficar agressivas com a proximidade de cães, a razão do ataque pode ter sido justamente a presença deles", afirmou.

Uma onça de porte médio foi flagrada por câmeras de segurança na área externa do Palácio do Itamaraty em Brasília na noite de segunda-feira. Funcionários do Ministério das Relações Exteriores avisaram a Polícia Militar Ambiental que fez buscas na região do anexo II conhecido como "bolo de noiva", mas não encontraram a visitante e encerraram as buscas na noite anterior. Veja o vídeo divulgado pelo site Congresso em Foco.