Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS, disse em acordo de delação que pagou propina de R$ 1 milhão ao ministro Humberto Martins, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), informa a Folha de S.Paulo. O pagamento teria ajudado a empreiteira com recurso especial que tramitava na corte sobre obra da OAS na Bahia. Martins, atual corregedor do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), nega as acusações e qualquer envolvimento com a empresa. A colaboração do empresário aguarda aval do ministro Edson Fachin, responsável pela Lava Jato no Supremo, diz o jornal.

Fotos que mostram Lula no sítio de Atibaia (SP), uma delas com o então presidente da OAS, Leo Pinheiro,foram anexadas em processo na Lava Jato como prova da relação do petista com o empreiteiro, acusado de pagar propina para se beneficiar de obras na Petrobras, informa hoje o jornal O Globo. Em depoimento a Sergio Moro, há uma semana, Lula admitiu encontro com Pinheiro para tratar de obras na cozinha do sítio, mas disse que a reunião aconteceu em seu apartamento, em São Bernardo do Campo. A foto teria sido feita no mesmo dia em que Lula se reuniu no sítio com o ex-diretor da OAS, Paulo Gordilho.

As obras em Atibaia, diz o jornal, não são investigadas no processo ao qual o documento foi anexado, mas, conforme as investigações, o sítio, que está no nome de dois sócios de Fábio Luís, um dos filhos de Lula, foi reformado pelas empreiteiras OAS e Odebrecht para o real proprietário do imóvel, que seria Lula. Também foi anexada ao processo uma troca de mensagens de Pinheiro com Paulo Gordilho, ex-diretor da OAS que teria sido responsável pelas reformas no triplex e em Atibaia, sobre obras no lago do sítio, enviada em 6 de junho de 2014. No dia seguinte, conforme o Portal da Transparência, seguranças da Presidência da República estiveram no sítio, informa O Globo. A defesa de Lula nega que o apartamento pertença ao ex-presidente.