Acontece na próxima terça-feira na Assembleia Legislativa (Alems), o Seminário Estadual do Leite, com o tema “Desafiando Gestores e Criando Oportunidades”.

Depois de dez dias sem energia elétrica em assentamentos, produtores jogaram leite cerca de 100 litros de estragado por falta de refrigeração em frente à central da Energisa em Nova Andradina.

"Já experimentou uma pizza de frango com catupiry em que o queijo mais parecia uma pasta de amido de milho, sem nenhuma cremosidade e com o sabor duvidoso? Provavelmente o produto utilizado não era um queijo verdadeiro, mas um queijo análogo, processado com amido de milho modificado e comercializado a um preço bem mais baixo do que os queijos verdadeiros no mercado" diz texto divulgado no site da Fiems sobre uma campanha do Sindicato das Indústrias Laticínias de Mato Grosso do Sul (Silems) deflagrada nesta semana para informar à população sobre o produto que vem ganhando espaço em restaurantes e lanchonetes. "O problema é que muitos estabelecimentos substituem os queijos das receitas por esse queijo análogo para baratear os custos e o consumidor acaba sendo enganado, diz a presidente do Silems, Milene Nantes. "Queremos, inclusive, que restaurantes e lanchonetes que utilizam queijos análogos sejam obrigados a informar seus clientes sobre essa substituição", acrescenta afirmando que esse tipo de produto tem valor nutricional inferior ao queijo convencional.

A abertura do mercado chinês para derivados de leite do Brasil anunciada pela ministra Tereza Cristina (Agricultura) ontem gerou otimismo no setor em Mato Grosso do Sul. A presidente do Sindicato das Indústrias de Laticínios do estado (Silems), Milene Nantes, avalia que isso vai aquecer a produção das indústrias da região Sudeste, que já processam produtos autorizados a entrar na China como leite em pó e queijos, e aumentará a demanda por leite também em MS. "Desta forma, os produtores serão mais bem remunerados, e a produção local de leite local, que caiu bastante, será normalizada, beneficiando diretamente toda cadeia produtiva", afirma Milene, que vê possibilidade de reabertura do laticínio Lactalis, em Terenos, desativado desde 2017. Atualmente, 22 empresas processam leite em MS e outros 59 estão registrados na atividade "fabricação de laticínios", conforme a Fiems. Em 2018, foram processados no estado 104,4 milhões de litros de leite, queda de 12% em relação a 2017, quando foram processados 118,5 milhões de litros.

A China habilitou 24 estabelecimentos brasileiros para exportação de produtos lácteos como leite em pó, queijos e leite condensado, anunciou hoje a ministra da Agricultura, Tereza Cristina. "Fiquei muito feliz e gostaria de passar essa boa notícia para os produtores brasileiros, que estão vivendo um momento difícil, acabaram de perder R$ 0,30 no litro de leite, e agora vão poder ter a perspectiva. É claro que não é para amanhã, mas é uma abertura excelente para o Brasil", disse a ministra. A certificação estava acordada com a China desde 2007, mas não havia planta brasileira habilitada. O assunto foi uma das prioridades da ministra em visita à China em maio. "O Brasil é um grande produtor e a China é a o maior importador do mundo. O Brasil produz 600 milhões de toneladas de leite, mas a China importa 800 milhões de toneladas, 200 milhões de t. a mais do que produzimos". Com a habilitação, a expectativa é o setor exportar US$ 4,5 milhões em queijos, estima a Viva Lácteos - Associação Brasileira de Laticínios.

Para proteger produtores de leite brasileiros, o governo federal decidiu aumentar o imposto de importação de leite em pó para compensar o fim da taxa antidunping contra o leite da União Europeia e da Nova Zelândia com valores excessivamente baixos. O imposto deve subir de 28% para 42%, o que compensa totalmente o fim da taxa e o decreto de Jair Bolsonaro deve ser publicado na quinta-feira, informa O Globo. Mesmo internado, Bolsonaro manteve contato com produtores desde a semana passada e ligou para o ministro Paulo Guedes (Economia), para que resolvesse a questão. Guedes se reuniu ontem com a ministra Teresa Cristina (Agricultura) e no início da tarde de hoje Bolsonaro anunciou no Twitter que o governo "manteve o nível de competitividade do produto com outros países" e afirmou: "Todos ganharam, em especial, os consumidores do Brasil".

A partir desta sexta-feira a alíquota do ICMS sobre a venda de leite spot (leite fluído a granel, de uso industrial) em Mato Grosso do Sul cairá de 10,2% para 1,4%. A redução de 88% autorizada hoje pelo governador Reinaldo Azambuja vale até 31 de janeiro de 2018, podendo ser prorrogada conforme demanda do setor. A medida, diz Azambuja, atende pedido da cadeia produtiva do leite, que registrou excesso de produção na última safra. Em contrapartida, as indústrias sul-mato-grossenses se comprometeram em adquirir todo o leite das propriedades estaduais. "Estamos criando essa alternativa porque temos um excedente de leite na época de chuvas que prejudica principalmente o pequeno produtor", afirmou o governador em ato na Governadoria com participação do presidente da Famasul, Maurício Saito, e outros representantes do setor.