Em seu sermão na principal missa do dia da padroeira, o arcebispo de Aparecida (SP), Dom Orlando Brandes, sem citar o nome do presidente, mas se referindo ao slogan "Pátria amada" do governo de Jair Bolsonaro, declarou ontem: "Para ser pátria amada, não pode ser pátria armada". E acrescentou: "Para ser pátria amada, seja uma pátria sem ódio. Para ser pátria amada, uma república sem mentira e sem fake news. Pátria amada sem corrupção". Questionado, Bolsonaro minizou a fala do arcebispo e disse que Santa Catarina é o estado "mais armado" e "menos violento" do Brasil.
Leia maisNeste segundo ano de pandemia de covid-19 em Campo Grande, católicos adaptaram os tradicionais tapetes e serragem e sal coloridos que cobriam a Rua 14 de Julho no dia de Corpus Christi e que neste feriado foram menores e confeccionados em igrejas. As missas foram celebradas todas pela manhã no mesmo horário por recomendação da Arquidiocese, com transmissão ao vivo pelo Facebook, como a comandada pelo arcebispo Dom Dimas Lara Barbosa na Paróquia Coração Eucarístico de Jesus (veja aqui o vídeo). Porém, ao contrário do ano passado quando foram apenas on-line, as celebrações de hoje tiveram presença de fieis nas igrejas, embora em número limitado seguindo protocolos de biossegurança da prefeitura. Conforme o jornal Correio do Estado, os atos religiosos também arrecadaram alimentos a serem doados a famílias carentes afetadas pela pandemia.
Morto em 2006, aos 15 anos, vítima de leucemia, Carlos Acutis, um italiano de classe média-alta nascido na Inglaterra, deve ser reconhecido em cerimônia marcada para este sábado como beato — um passo importante no processo geralmente longo do Vaticano para declarar a santidade de alguém. O Vaticano autorizou a abertura do processo de beatificação em 2013, depois de a Igreja Católica reconhecer como milagrosa a cura de Matheus, um menino de Campo Grande, Mato Grosso do Sul, que sofria de uma doença congênita no pâncreas e sarou quando tinha três anos de vida após sua família rezar para Acutis, em 2013. Leia mais sobre essa história aqui na versão brasileira da rede britânica BBC.
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou nota ontem repudiando os pedidos de verbas estatais feitas por representantes de emissoras de TV católicas em troca de divulgação de notícias favoráveis ao governo, conforme notícia divulgada pelo Estadão de S.Paulo (veja aqui). Na nota, a CNNB, por meio de sua Comissão Episcopal Pastoral para a Comunicação, juntamente com a SIGNIS Brasil e a Rede Católica de Rádio (RCR), associações de caráter nacional que reúnem as TVs e rádios de inspiração católica do Brasil, informam que "não organizaram e não tiveram qualquer envolvimento com a reunião entre o presidente da República, Jair Bolsonaro, representantes de algumas emissoras de TV de inspiração católica e alguns parlamentares". "A Igreja Católica não faz barganhas. Ela estabelece relações institucionais com agentes públicos e os poderes constituídos pautada pelos valores do Evangelho e nos valores democráticos, republicanos, éticos e morais", diz a nota. Leia aqui a íntegra no site da CNBB.
Padres e leigos conservadores que controlam parte do sistema de emissoras ligadas à Igreja Católica, ligados à ala que diverge politicamente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), prometeram "mídia positiva" para ações do Planalto na pandemia da Covid-19 durante uma videoconferência feita no dia 21 e divulgada hoje pelo Estadão de S.Paulo. Um dos pedidos mais explícitos, segundo o jornal, foi feito pelo padre Welinton Silva, da TV Pai Eterno, ligada ao Santuário Basílica do Divino Pai Eterno, em Trindade (GO), que afirmou que a TV Pai Eterno, há um ano no ar, passa por dificuldades e espera uma aproximação com a Secretaria de Comunicação (Secom) para oferecer uma “pauta positiva das ações do governo" na pandemia da covid-19. Veja o vídeo reproduzido pelo jornal.
O papa Francisco recebeu hoje a visita do ex-presidente Lula no Vaticano, em uma reunião intermediada pelo presidente argentino Alberto Fernández que havia anunciado em janeiro que o líder da Igreja Católica receberia o ex-presidente brasileiro. Detalhes da conversa ainda não foram divulgados. O Instituto Lula divulgou que o encontrou serviu para "discutir e pensar soluções para as injustiças e desigualdades no mundo". No Twitter, Lula postou fotos e escreveu: "Encontro com o Papa Francisco para conversar sobre um mundo mais justo e fraterno."
Encontro com o Papa Francisco para conversar sobre um mundo mais justo e fraterno.
— Lula (@LulaOficial) February 13, 2020
Foto: Ricardo Stuckert pic.twitter.com/5JAShEvSid