O líder e fundador da Igreja Universal do Reino de Deus, bispo Edir Macedo, que apoiava Jair Bolsonaro (PL) nas eleições deste ano, disse em vídeo nas redes sociais que é preciso perdoar o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), aceitar o resultado. A vitória de Lula no último domingo foi, segundo ele, uma “vontade de Deus” e que as pessoas não devem ficar com mágoa de Lula, “porque é isso que o diabo quer". Veja o vídeo.

O bispo Edir Macedo perdeu uma ação na Justiça contra o casal Luciano Gonçalves e Mariângela Ribeiro, donos de uma pequena loja de livros usados em Resende (RJ), por causa de um banner com uma piada colocada na porta do sebo.

O bisbo Edir Macedo, de 76 anos, líder da Igreja Universal do Reino de Deus e dono da Rede Record, publicou vídeo ontem no Instagram anunciando que ele e sua mulher, Ester Bezerra, de 72, foram vacinados contra a covid-19 em Miami (EUA) com a Janssen, primeira vacina de dose única contra a doença, produzida pela Johnson & Johnson. "Conforme prometido, aí vão as provas da nossa vacinação contra o covid" escreveu Macedo. Aliado de Jair Bolsonaro, em março de 2020 se manifestou em vídeo nas redes sociais contra restrições à aglomeração em igrejas, quando pediu aos fieis para não ter medo do vírus: "Meu amigo e minha amiga, não se preocupe com o coronavírus. Porque essa é a tática, ou mais uma tática, de satanás. Satanás trabalha com o medo, o pavor. Trabalha com a dúvida. E quando as pessoas ficam apavoradas, com medo, em dúvida, as pessoas ficam fracas, débeis e suscetíveis. Qualquer ventinho que tiver é uma pneumonia para elas". Em julho, o portal R7 da Record divulgou que Macedo havia contraído covid e estava internado em São Paulo, se tratando com cloroquina, mas se recuperou da doença.

A Justiça Eleitoral proibiu a TV Record de fazer "propaganda subliminar" para a reeleição do prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (Republicanos), que é bispo licenciado da Igreja Universal e sobrinho de Edir Macedo, dono da emissora. Os programas da Record vinham anunciando um número de contato de WhatsApp com final 10, o mesmo do candidato nas urnas, com o slogan: "Dez, dez! Não esqueçam: Dez, Dez!". Na decisão, a juíza Luciana Mocco, da 4ª Zona Eleitoral, diz que apresentadores da Record abriam todos os dedos das mãos na hora de falar o número, de modo a reforçar a suposta campanha indireta para Crivella, que costuma apontar a Globo como inimiga. Em nota, a Record alegou que o número de telefone teria sido fornecido aleatoriamente por operadora de telefonia e negou intenção eleitoral.

O senador Nelsinho Trad (PSD-MS), presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado, se reuniu com o ministro Ernesto Araújo no Itamaraty ontem para tratar do conflito na Igreja Universal em Angola. Desde o fim de junho, parte dos templos da instituição foi tomada por um grupo de bispos, pastores e obreiros angolanos que não concordam com o comando do bispo Honorilton Gonçalves, braço direito de Edir Macedo. Junto com o governo de Jair Bolsonaro, Nelsinho tenta uma solução para o conflito. Por sugestão dele, foi formada uma comissão de senadores, com quatro titulares e quatro suplentes, para tratar do assunto com aval do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP). O grupo vai participar na semana que vem de uma reunião virtual com membros da Assembleia Nacional da Angola e os ministros das Relações Exteriores dos dois países. "É algo que precisa ser devidamente esclarecido. Os brasileiros que estão lá precisam de segurança, de garantia de sua integridade física e de proteção do seu patrimônio", disse Nelsinho.

Jair Bolsonaro será submetido a uma nova cirurgia ano próximo domingo, a quarta desde que levou a facada durante a campanha eleitoral, desta vez para corrigir uma hérnia que surgiu em decorrência das intervenções anteriores, conforme informou o presidente do Twitter afirmando que deverá ficar cerca de 10 dias afastado do cargo. Após a avaliação médica em São Paulo que apontou a necessidade a nova cirurgia, Bolsonaro visitou neste domingo o Tempo de Salomão, no bairro do Brás, à convite do bispo Edir Macedo, fundador da Igreja Universal do Reino de Deus e dono da TV Record. No altar, o bispo orou por Bolsonaro e afirmou: "Orem pelo presidente. Ele vai arrebentar, não porque sou eu, não porque é ele. É porque é o espírito de Deus".

Um homem foi preso hoje ao tentar invadir o Congresso e quebrar uma vidraça da Chapelaria da Câmara dos Deputados. O invasor foi contido por seguranças da Polícia Legislativa que usaram uma arma de choque. A líder do Governo no Congresso, deputada Joice Halssemann (PSL-SP), estava no local na hora do tumulto e gravou as cenas pelo celular. Em outro vídeo, o homem, que se identifica como @picassoneves no Twitter, exibe facas e promete matar políticos e religiosos e cita: "...não só o Bolsonaro, como como o presidente Jair Bolsonaro, o ex-presidente Lula, Ciro Gomes, quem mais... Marco Feliciano. Depois eu vou escalar os evangélicos e outros católicos também, por exemplo o Edir Macedo, Marcos Feliciano eu já falei, aquele R. R. Soares vai morrer também. Vou pegar o dinheiro deles pra comprar mais armamento..." Veja os vídeos enviados ao Blog pelo jornalista Clodoaldo Silva, de Brasília.

O bispo Edir Macedo, da Igreja Universal, está processando um casal dono de um pequena loja de livros usados chamada "Gregas e Troianas", em Resende, no interior do Rio, por causa de um banner que eles colocaram em frente ao sebo em 2017 convidando a entrar pessoas que não consideram a obra de Jair Bolsonaro, Silas Malafaia e Edir Macedo uma vergonha para a humanidade. O cartaz também convidava racistas, machistas e homofóbicos, dizendo que ali era uma casa de cultura e inteligência que poderia ajudá-los. A imagem se espalhou na internet na campanha eleitoral de 2018 e chegou ao bispo, cujos advogados mandaram uma notificação extrajudicial pedindo a retirada do cartaz. O casal Luciano Gonçalves e Mariângela Ribeiro contou à BBC Brasil que retirou o banner. Mesmo assim, o bispo entrou com ação de danos morais contra Mariângela - que, juridicamente, é a dona do espaço.