Cinco partidos da oposição – PT, PSB, PCdoB, PSOL e PDT – vão protocolar na próxima terça-feira na Câmara pedido de cassação do líder do PSL, deputado Eduardo Bolsonaro (SP), por sua fala sobre a possibilidade de o governo editar "um novo AI-5" (veja aqui) e, no Conselho de Ética, que deve avaliar o pedido, o clima não é amigável para o filho do presidente, diz o Estadão. Além dos partidos de oposição que integram o conselho, o jornal lembra que três das quatro vagas do PSL estão com a ala ligada a Luciano Bivar, em guerra contra a família do presidente, dentre eles o Delegado Waldir (GO), de quem o filho do presidente tirou a liderança da bancada do PSL. O peso maior é do "blocão" formado pelo Centrão e agregados tem 24 das 42 vagas de titulares e de suplentes (veja aqui quem são os deputados do conselho). Conforme o jornal, sem uma base de apoio, o governo trabalha para evitar que o caso prospere no conselho, como quer a oposição.
O senador Pedro Chaves (PSC-MS) assumiu a presidência do Conselho de Ética do Senado em substituição ao presidente João Alberto Souza (PMDB-MA) que foi internado no início da semana no Instuto do Coração em Brasília. Em reunião com demais membros do conselho na noite anterior, Chaves convocou para a próxima quarta-feira sessão que vai analisar o recurso protocolado ontem (leia aqui), com aval do sul-mato-grossense, pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que pede o desarquivamento de seu pedido de cassação do mandato de Aécio Neves (PSDB-MG). Se João Alberto não retomar a função até lá, Pedro Chaves vai presidir a reunião que decidirá o assunto.
O senador Ranfolfe Rodrigues (Rede-AP) obteve a assinagura de cinco titulares do Conselho de Ética do Senado conforme prevê o regulamento – do vice-presidente Pedro Chaves (PSC-MS) e de Lasier Martins (PSD-RS), José Pimentel (PT-CE), João Capiberibe (PSB-AP) e Antonio Carlos Valadares (PSB-SE) – e protocolou hoje recurso pedindo o desarquivamento de seu pedido de cassação do mandato de senador de Aécio Neves (PSDB-MG). Além dos cinco titulares, três senadoras suplentes do colegiado também assinam o pedido: Regina Sousa (PT-PI), Ângela Portela (PDT-RR) e Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM). O pedido de cassação de Aécio foi arquivado na sexta-feira pelo presidente do Conselho de Ética, João Alberto (PMDB-MA). Como ele foi internado hoje (leia aqui) com problemas cardíacos, sua assessoria disse ao G1 DF que não há previsão de quando João Alberto vai convocar os 15 titulares do conselho para analisar o pedido protocoloado hoje por Randolfe.
Na condição de vice-presidente do Conselho de Ética do Senado, o senador Professor Pedro Chaves (PSC-MS) anunciou hoje que vai assinar requerimento a ser apresentado pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) para tentar reverter a decisão do presidente do colegiado João Alberto de Souza (PMDB-MA) que, sem consultar os demais integrantes do conselho, arquivou os pedidos de cassação do mandato do senador Aécio Neves (PSDB-MG) feitos pela Rede e pelo PSOL (leia aqui). "Vamos trabalhar no sentido de reunir as 5 assinaturas dos demais membros do Conselho de Ética, necessárias a abrir a investigação", disse Chaves à Rádio Difusora Pantanal de Campo Grande hoje pela manhã. Para o sul-mato-grossense, as suspeitas sobre Aécio que embasaram decisão do Supremo para afastá-lo do mandato "são extremamente graves e merecem, no mínimo, ser investigadas".