O Superior Tribunal de Justiça (STF) acatou recurso do Ministério Público de Mato Grosso do Sul e mandou desarquivar o processo da Operação Coffe Break sobre suposto esquema de compra de votos de vereadores para cassar o mandato do ex-prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP). O Tribunal de Justiça (TJMS) considerou que não houve improbidade, e mandou arquivar. Com a decisão, voltam à ser réus os vereadores João Rocha (PSDB), presidente da Câmara, Eduardo Romero (Rede) e o deputado estadual Paulo Siufi (MDB). Porém, ainda cabe recurso em Brasília, e o caso vai longe. Se prevalecer a decisão do STJ, o processo será retomado no Fórum de Campo Grande, onde saiu da fase inicial, tem contestação, e existem 24 denunciados pelo MP, que pede ressarcimento de R$ 25 milhões dos acusados.

O caso sem fim da investigação da Coofee Break que concluiu que empresários e vereadores de Campo Grande teriam se unido para cassar o prefeito Alcides Bernal e tomar o poder administrativo e financeiro de Campo Grande continua na enrolação. O jornal Correio do Estado divulga hoje que o processo foi devolvido ao Tribunal de Justiça pelo juiz Marcio Alexandre Wust, sob alegação de que um dos vereadores da época, Paulo Siufi (PMDB), tem foro privilegiado por ser deputado estadual. Ele assumiu no início do ano a vaga do primo Marquinhos Trad, eleito prefeito da Capital. O MP estadual,diz o jornal, entrou com recurso.